sexta-feira, 31 de maio de 2013

Como a influência dos amigos pode mudar o comportamento das crianças

Você pode ajudar seu filho a ser aceito pelas outras crianças sem que, para isso, tenha que negar os próprios valores

Se sentir que seu filho está tendo dificuldades em fazer amizades na escola, fale com a professora
Foto: Getty Images
A partir dos 8 anos, a criança torna-se mais independente dos pais e procura relações novas fora da família. Na companhia dos amigos, começa a perceber quem é e do que é capaz. Com o grupo, ela aprende a seguir regras, a manter segredos, a falar e a escutar, a negociar, a ser leal. Será preciso fazer concessões em vez de querer que as coisas aconteçam a seu modo. Nessa fase, ocorre uma aprendizagem social, que será de grande utilidade na vida adulta.
O grupo tem suas regras, sua maneira de vestir e de falar. Para ser admitido, é necessário ser e agir como os outros. É a pressão do grupo. Em função disso, seu filho poderá viver situações de conflito, em que os companheiros valorizam comportamentos contrários aos valores dele e de sua família. Como colaborar para resolver o problema?
Ser seletiva?
Mesmo que não goste do novo corte de cabelo de seu filho, da música que estão ouvindo, da gíria da moda, controle-se e não dê palpites. Se você começar a criar caso com qualquer coisa, ele logo deixará de ouvi-la. Mas, se ele for pressionado ou estiver pressionando outros a tomar atitudes perigosas ou anti-sociais, você deverá interferir. Assim, se o grupo decidir que só é legal quem bebe e fuma ou quem tem coragem de agir como vândalo, é hora de entrar em cena.
Uma hipótese: os amigos de Luís, um garoto de 10 anos, acham legal provar bebida alcoólica. Para conquistar pontos diante dos amigos, ele abre o bar de sua casa à turma. Os pais percebem que houve consumo extra de bebida e desconfiam de outros moradores da casa, como a empregada. Só então ele conta a verdade. Luís sentiu necessidade de exibir-se, fazendo alguma coisa que sabia ser proibida. Nessa idade, a criança deve ser responsabilizada por suas ações e essa atitude exige punição, como o corte de algum privilégio. Mas ele merece elogios por dizer a verdade.
Essa é uma boa oportunidade para seu filho aprender a equilibrar seus valores com os dos companheiros. Juntos, vocês podem criar estratégias que o ajudem a lidar com as pressões do grupo sem ter que negar os próprios princípios.
Se perceber que ele está pressionando os outros, tome também uma atitude. Caso escute-o falar ao telefone usando frases rudes ou cruéis, por exemplo, você deve interferir.
Ajude-o a ser aceito
· Deixe-o vestir-se igual, falar igual, brincar igual, receber a mesma mesada e outros privilégios da média das crianças com quem ele convive.
· Seja hospitaleira e amigável quando ele trouxer um amigo para casa.
· Convide aquele garoto do qual ele quer se aproximar (e não aquele de quem você gostaria que ele ficasse amigo) para ir com vocês ao teatro ou fazer um passeio.
· Se sentir que seu filho está tendo dificuldades em fazer amizades na escola, fale com a professora. Ela também pode ajudá-lo a se entrosar com o grupo

 

3 atitudes para ajudar a manter os filhos longe das drogas

Dar amor, fortalecer a autoconfiança e manter um diálogo aberto com os filhos é a melhor maneira de ajudá-los a resistir aos apelos das drogas

Mãe e filhos
O jovem seguro de si tem coragem para não se sentir um peixe fora d’água por ser o único da turma que não fuma maconha ou coisa parecida
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A possibilidade de um filho se envolver com drogas (legais ou ilegais) tira o sossego de qualquer pai e mãe. Cenas de crianças e jovens jogando a vida pelo ralo tiram o sono principalmente hoje em dia, com essa droga cada vez mais popular que é o crack - sim, ele é uma droga cruel porque leva à dependência com facilidade e de forma rápida.
Como evitar que esse pesadelo se instale na sua casa? “Os pais devem se informar. É importante expor aos filhos que as drogas provocam prazer, sim, mas que o preço pago por isso é muito alto”, explica Ivan Mario Braun, médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e autor do livro Drogas - Perguntas e Respostas (MG Editores).
A melhor forma de proteger sua família, portanto, é conhecer o assunto, perder o medo de falar abertamente sobre ele com as crianças e os adolescentes e, claro, servir de exemplo. Parece complicado? Aqui, ajudamos você a tocar nesse assunto delicado que tem consequências para toda a família.
Atitudes que valem por mil palavras
· Dê o exemplo
Crianças pequenas aprendem por imitação. Se desde cedo elas veem o pai e a mãe bebendo ou fumando (lembre-se: apesar de liberados para maiores, o álcool e o cigarro também
são drogas), as chances de se meterem com esse tipo de substância são maiores. “Dar exemplo não garante que a criança nunca vá beber ou fumar, mas é mais um fator que ajuda”, afirma Ivan Mario Braun.
· Faça parte da vida diária de seu filho
O ditado “não basta ser pai, tem que participar” é batido, mas é uma grande verdade. É preciso saber com quem as crianças e os adolescentes andam, conhecer os pais dos amigos deles, acompanhar seu rendimento escolar e conversar com os professores! Tudo isso estreita o relacionamento entre vocês e permite que qualquer mudança de comportamento seja logo notada.
· Fortaleça a autoestima da criança
O jovem seguro de si tem coragem para não se sentir um peixe fora d’água por ser o único da turma que não fuma maconha ou coisa parecida. E confiança é como a violetinha lá do vaso: precisa de cuidado e de água para crescer. Por isso é tão importante, desde cedo, fortalecer o amor-próprio dos pequenos. Faça isso com elogios sinceros, valorizando seus pontos fortes e dando o apoio.
3 perguntas para o especialista
· Quando os pais já usaram drogas e a criança pergunta a respeito, podem falar a verdade?
Sim, desde que saibam recomendar aos filhos que o fato de terem usado drogas um dia não significa que estejam de acordo com isso hoje. As pessoas podem errar e se arrepender de seus erros. Mas é preciso ser sincero com eles.
· É verdade que a idade média do primeiro contato das crianças com esse tipo de substância caiu de 14 para 11 anos?
Sim. E, quanto mais cedo o início, maiores os riscos de dependência e de prejuízos graves à saúde.
· Se os jovens sabem que as drogas podem se transformar num problema sério, por que isso não basta para mantê-los longe delas?
Muitos não sabem. Ou ainda não têm bons exemplos em casa e nem pais que lhes dedicam tempo, que sabem o suficiente sobre sua vida e sobre seus amigos. Dessa forma, eles acabam mais expostos à influência das más companhias.
Informação é poder!
Para ajudar a população a lidar com a questão das drogas, o governo federal criou o Viva Voz, serviço de atendimento telefônico que funciona 24 horas por dia, de domingo a domingo. Basta discar 132. E o site do programa Crack, É Possível Vencer traz dicas valiosas.

 

As principais causas do estresse infantil

As principais causas do estresse infantil

Criança também fica estressada e pode adoecer por causa disso. Saiba como deixar seu filho longe deste problema


Definir o que os pequenos devem fazer, pensando em torná-los adultos superpreparados para o mundo moderno e para o futuro, nem sempre é o melhor a fazer
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Que mãe não quer ver o filho nadando feito campeão olímpico, jogando bola como o Neymar, fera no inglês e com notas excelentes o ano todo? Incentivar a criançada a se dedicar a algo é positivo, mas temos que tomar cuidado para não exagerar. Sobrecarregá-las com atividades ou cobranças é uma das principais causas de estresse infantil, que faz tão mal quanto o de gente grande. O psiquiatra Marisol Sendin ensina como identificar o problema e evitar que ele provoque estragos. E lembre-se: criança precisa ter tempo para brincar e para fazer nada também!
Principais prejuízos do estresse à saúde
· Ganho ou perda de peso.
· Redução no ritmo do funcionamento do intestino.
· Queda da imunidade.
· Interferência nos hormônios do crescimento.
· Aumento do risco para diabetes.
· Dificuldades de aprendizagem e para lidar com os amiguinhos.
· Crises de ansiedade ou depressão.
· Distúrbios de comportamento, marcados pela dificuldade de aceitar regras e limites.
· Alterações na pressão arterial.

Como cuidar?
Refletir sobre o estilo de vida da criança é a primeira atitude a tomar. Ela está sobrecarregada? Ela precisa saber sobre tudo o que se passa na vida dos adultos da casa? A segunda providência é fazer mudanças na rotina dela, caso seja necessário. Por isso, fique atenta se o comportamento do seu filho parecer diferente. Quanto mais cedo se descobre o problema, mais rapidamente a criança melhora. O tratamento pode envolver até medicamentos, que devem ser indicados por um médico, e psicoterapia.
11 sinais de que a pressão passou do ponto

1. Isolamento
A criança se sente fora de lugar, desenturmada e demonstra dificuldade de se relacionar com outras pessoas.
2. Impaciência
Aguardar por algo gera muita agitação, não importa o lugar nem o motivo da espera.
3. Explosões frequentes
Um "não" dos pais já basta para provocar gritaria e bateção de porta.
4. Choro gratuito
Nem a criança consegue definir a causa de sua tristeza.
5. Agressividade
O comportamento se torna mais hostil, podendo render ataques físicos.
6. Lapsos de memória
Esquecimentos de todo tipo passam a fazer parte do cotidiano, com frequência cada vez maior.
7. Pessimismo
O foco está sempre nas situações negativas, nunca nas positivas.
8. Sono agitado ou insônia
Demorar para conseguir dormir ou acordar diversas vezes transforma a noite da criança em um pesadelo.
9. Dor de cabeça ou de barriga
Quem não sente esses desconfortos quando fica estressado? Entre os pequenos, isso é bem comum. Repara só em véspera de prova!
10. Apetite descontrolado
Vale tanto comer demais quanto perder completamente a fome.
11. Dificuldade de concentração
Essa desatenção é notada principalmente na sala de aula, prejudicando a aprendizagem. Por isso é tão importante conversar de tempos em tempos com a professora dos pequenos.

5 razões comuns do estresse em crianças

1. Falta de ritmo. Quando a rotina da casa é imprevisível e nunca existe hora certa para dormir ou para comer, a criança acaba ficando meio insegura, o que pode provocar estresse.
2. Desaprovação frequente. Criticar o filho a toda hora e esquecer de incentivar e elogiar o que é positivo nele só aumenta a pressão sobre o pequeno.
3. Violência física. Além de não ensinar nada de positivo, bater na criança provoca medo e raiva, sentimentos estressantes.
4. Superproteção. Poupar o pequeno das dificuldades impede que ele aprenda a lidar com elas.
5. Traumas. Passar por situações desgastantes demais, como ver os pais brigando, sofrer assalto ou perder alguém querido, gera estresse. E, às vezes, é preciso buscar a ajuda de um terapeuta.

 

Como ajudar o seu filho a ter sucesso naturalmente

Os pais querem que o filho se destaque na escola, no esporte, no curso de línguas... Mas exigir que ele seja o melhor em tudo pode transformá-lo numa pessoa insegura. Veja como ajudá-lo a se dar bem sem tanto stress


Ele precisa ser um superfilho?
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Numa sociedade em que a concorrência é cada vez maior, a tendência é os pais se preocuparem demais com o desempenho dos filhos. Daí, matriculam a criança ou o adolescente em várias atividades além da escola. Ok, não há nada de errado em investir na educação, já que ela fará diferença no futuro deles. O problema é quando a busca pelo filho perfeito tem a ver também com a vontade dos pais transformarem a garotada numa versão mais bem-sucedida de si mesmos. Nesse caso, as exigências são duras. "Pais competitivos demonstram dificuldade em aceitar que o filho tenha limitações e preferências", acredita o psiquiatra e psicoterapeuta Gabriel Magalhães Lopes, especializado em infância e adolescência, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). "Muitos se sentem realizados só quando o filho fica em primeiro lugar, porque encaram como se fosse a própria vitória", completa a psicóloga Patricia Spada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Insegurança à vista
Se a criança ou o adolescente forem cobrados em excesso, podem desenvolver uma série de problemas. O principal é a baixa autoestima. Como é impossível manter-se no auge o tempo todo, eles se frustram. Além disso, o espírito de rivalidade se torna exacerbado, interferindo na capacidade de estabelecer vínculos positivos com pessoas da idade deles. A criança indica que está sendo cobrada além dos limites quando apresenta: sonolência, irritabilidade, agressividade, isolamento, indisposição, aumento nos níveis de ansiedade e insegurança (esse sentimento é percebido quando o pequeno passa a perguntar se o que eleestá fazendo é correto, ou busca aprovação para tudo). No caso dos adolescentes, eles também demonstram irritabilidade e sonolência, no entanto os sintomas mais comuns são: isolamento, tristeza e mudanças nos hábitos alimentares (passam a comer muito ou pouco).
De bom tamanho
Diante desses sinais, há duas coisas a fazer: primeiro, diminuir o grau de exigência e, segundo, aliviar a agenda da garotada. Pensar que os filhos têm que se sair bem em todas as atividades é um erro. Uma pesquisa realizada pela Universidade East Anglia, na Grã-Bretanha, mostrou que o ócio na infância é essencial para desenvolver a criatividade. Para chegar a essa conclusão, foram entrevistados dezenas de artistas que contaram o que faziam quando eram pequenos. O ponto comum entre eles: tempo livre! É preciso ficar atenta para não preencher tanto o dia dos filhos a ponto de minar a diversão ou prejudicar as atividades de rotina. "Às vezes, o rendimento deles cai ao se sentirem pressionados", diz Patricia. Escutar o filho também é essencial. "Se ele reclama que está cansado, os pais devem respeitar", completa a psicóloga.
Pai e mãe em sincronia
O casal tem que compartilhar a mesma opinião. Os pais precisam decidir o que fazer em todas as situações antes de comunicar qualquer coisa ao filho. Se uma parte acha que deve cobrar mais e a outra não, o casal tem que afinar o discurso. Do contrário, o filho fica inseguro. Pior: "Quando o casal se divide, a criança também reparte a família em dois blocos e corre para um ou outro segundo as suas necessidades", diz a psicopedagoga e neuropsicóloga Ana Paula Macchia, do ABC Aprendizagem Centro Interdisciplinar, em Santo André (SP). Se o seu filho, por exemplo, quer parar de estudar para ver TV, ele busca a parte menos "cobradora". Para adiar o banho, alia-se à figura permissiva dizendo que vai estudar mais umpouco. "Pai e mãe devem tomar uma posição juntos e firmá-la assim: 'nós decidimos que...', ou 'nós queremos que...'", conclui ela.
Nota 10?
Tirar sempre a nota máxima na escola não significa que a garotada esteja aprendendo tudo. Segundo a psicóloga Patricia Spada, ela pode apenas ter encontrado uma fórmula para responder corretamente às questões, sem necessariamente absorver o conteúdo. "Além disso, tirar nota boa deve serresponsabilidade do filho, não dos pais. Desde cedo ele tem que se tornar responsável pelo próprio desempenho", completa. Mas pai e mãe precisam, claro, acompanhar as atividades e cobrar responsabilidade e disciplina. "A nota é consequência. Exigir somente o 10 transforma o filho num perseguidor de resultado, pouco preocupado com o processo", explica a neuropsicóloga Ana Paula.

Dicas valiosas

· Valorize o talento dele.
· Descubra o que ele tem de único e estimule. Para isso, preste atenção ao comportamento dele. Se a criança ou o adolescente se motiva mais para uma prática, pode ser sinal de que tem potencial para a área.
· Resista à tentação de achar que você tem total poder sobre o futuro dele.
· Os filhos têm preferências, que devem ser respeitadas. É preciso perceber se, no fundo, você não está atendendo apenas as suas demandas.
· Não faça comparações.
· Seu filho não precisa ser tão bom quanto o irmão, ou melhor que a criança da vizinha. Se um vai bem em matemática e o outro não, veja a possibilidade de eles se ajudarem em vez de estimular a competição entre ambos.
· Seja positiva e evite comentários negativos.
· Pode ser diante de uma nota baixa ou da dificuldade do seu filho em ser o melhor em alguma coisa. Dessa forma, você não o deixa se sentindo incompetente.

 

Como criar filhos amorosos

Como criar filhos amorosos

10 dicas de ouro para construir uma relação de carinho com seus filhos

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A forma como você trata sua mãe é o
parâmetro do filho. Trate-a bem se
desejar ser bem tratada
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Não existe tradução mais precisa para a palavra amor do que a relação entre mãe e filhos. Alguma dúvida? Pergunte a qualquer mulher se há amor mais forte do que o da mãe por seu pequeno.

Mas é na própria intensidade desse amor que reside o principal conflito das mães modernas: a inevitável culpa por terem de se afastar dos seus filhotes por causa do trabalho. Aí está também a origem do problema mais comum na educação das crianças e adolescentes nas últimas décadas: a falta de limites, fruto da tentativa das mães de compensar a ausência fazendo as vontades dos pequenos. O resultado são filhos rebeldes e brigas frequentes.

A atriz Flávia Alessandra, de 32 anos, sabe o que é ter de se dividir entre as gravações das novelas e a atenção requisitada pela filha, Giulia. ''Para mim, a solução foi levar a sério a qualidade do tempo que temos juntas'', afirma. ''Ajudo nas pesquisas da escola, andamos de bicicleta, damos banho no cachorro. À noite, ela prepara uma pizza e eu sou a ajudante'', enumera. A atriz também procura fazer-se presente no dia-a-dia da filha. ''Um dia, levei do Projac uma lagarta para ela mostrar na escola quando estava estudando a metamorfose. Foi um sucesso!''

A atriz estimula o carinho da filha antecipando-se nas manifestações de afeto. ''A atitude dos filhos é um reflexo da nossa. Quando a Jujuba chega cansada da escola, faço uma massagem nela. Dia desses, cheguei do trabalho exausta. Então, ela disse que ia me fazer uma 'supermassagem!' '', recorda. ''Amor é isso!''

Dicas para ter filhos felizes e amorosos

Ame a sua mãe para ser amada por seus filhos
O tratamento que você dá aos seus pais é o referencial para seus filhos sobre como devem tratar você quando forem adultos. Por isso, dê o exemplo:

. Mesmo casada, não se esqueça dos seus pais, para não ser esquecida por seus filhos quando eles constituírem a família deles.

. Perdoe. Não deixe que as brigas impeçam você de gozar da cumplicidade e do amor infinito da sua mãe. Aceite as limitações dela e evite discussões desnecessárias.

. Cuide. Os anos invertem a relação de dependência entre filhos e pais. Tenha paciência com os atritos que vêm com a idade.


Regule a TV

No Brasil, as crianças passam em média seis horas diárias na frente da TV, uma companhia que tem influência direta na formação deles. TV em excesso gera isolamento e a programação inadequada pode transmitir valores incorretos. Saiba como inverter essa equação:

. Uma boa medida para calcular o tempo de exposição à telinha é comparar o número de horas que a criança passa diante da TV e o tempo que passa com você.

. Avalie: os programas que você e seu filho vêem trazem informações interessantes para seu filho?

. Proporcione alternativas. Passeios, circo, livros infantis, brincadeiras, esportes e conversas são opções para deixar seus filhos menos dependentes da telinha.


Façam as refeições juntos

A correria do dia-a-dia deixa pouco tempo para os almoços em família, fundamentais para a união familiar. Entenda por quê:

. As refeições à mesa são o espaço ideal para o diálogo, permitindo aos pais aproximar-se dos filhos sem parecer indiscretos.

. Da mesma forma, é mais fácil para os filhos se abrir nesses momentos do que se tivessem de procurar os pais para se aconselhar..,

. Os almoços de domingo reforçam a identidade da família. Eles promovem um encontro de gerações, colocando os mais jovens em contato com o carinho e os ensinamentos dos avós, inculcando neles o respeito e a tolerância aos mais velhos e o amor à família.


Imponha limites

Ao contrário do que muitas mães pensam, a atitude permissiva não reforça os vínculos com os filhos.

. Uma pesquisa norte-americana com 1.000 crianças e adolescentes revelou que só 10% deles desejavam passar mais tempo com suas mães. Porém, 65% reclamavam que elas não sabiam o que se passava na vida deles. Conclusão: mais do que a quantidade de tempo dedicado a eles, os filhos sentem falta de atenção real por parte dos pais. ''Não adianta preparar um café caprichado, e não ouvir o que seu filho tem a dizer'', diz a coordenadora do estudo, Ellen Galinsky.

. Muitas das travessuras das crianças ou desfeitas dos adolescentes têm como objetivo chamar a atenção dos pais. Por isso, a mensagem que fica após uma bronca ou castigo é: ''Minha mãe se importa comigo''.

. A atriz Flávia Alessandra não abre mão das broncas quando necessário. ''Minha estratégia é o castigo da subtração: se a Giulia errou, tiro a boneca que ela mais gosta, por exemplo'', diz ela.

  Demonstre amor

Deixe seus filhos saberem o quanto você os ama. Você pode fazer isso de várias formas:

. Abrace e beije. O abraço apertado quando seu filho volta da escola e o beijo antes de dormir fazem toda a diferença. Se o seu filho evita o contato físico, tome você a iniciativa de abraçá-lo, mesmo que ele resista inicialmente.

. Surpreenda com bilhetinhos no caderno ou na lancheira. Deixe uma cartinha com uma declaração de amor no quarto do seu filho ou filha adolescente.

. Elogie. Valorize as qualidades e acertos do seu filho. Saber que você o admira faz com que ele se sinta seguro e amado.


Abra espaço para a sinceridade

Pais muito rígidos acabam estimulando as mentiras por fazer com que os filhos temam assumir seus erros.

. Se o seu filho vier contar que fez algo que você condena, não repreenda antes de escutar nem dê um castigo desproporcional. Se ele está arrependido, tem que arcar com as conseqüências de seu ato, não com agressões.

. Ao castigar, critique o erro de seu filho (ter deixado de arrumar o quarto) e não a pessoa dele (chamá-lo de irresponsável, sujo). Não insulte seu filho em sua auto-estima.


Ajude no dever

Controlar os cadernos demonstra para a criança que a mãe se preocupa com o que se passa com ela no ambiente escolar, com suas vitórias e derrotas. Esse hábito também permite a você saber como anda a vida pessoal dos seus filhos e a manter-se presente na vida deles.

. A queda no desempenho escolar pode ser um indicador de outros problemas, psicológicos e afetivos. Fique atenta.

. A escola é o principal ambiente social em que seu filho circula. Dar suporte para os trabalhos em grupo na sua casa permite conhecer os amigos da criança ou adolescente e saber como ele se sai nos relacionamentos pessoais.


Combata o consumismo

Não conceda tudo o que seu filho pedir. Do contrário, ele pode não perceber nem valorizar o esforço que você faz para presenteá-lo. Acredite: perceber que você precisou batalhar para dar o que ele necessitava só vai aumentar a admiração e a gratidão de seu filho por você.

. Conscientize seus filhos sobre o valor do dinheiro. ''Na minha casa, cada filho tem um cofrinho. Assim, eles vão aprendendo sobre a necessidade de poupar para conseguir comprar o que quiserem'', diz a jornalista Fátima Bernardes.

. Concentre os presentes às datas do Natal e do aniversário. Assim, você incentiva os pequenos a fazer por merecer o que pedem.


Respeite o pai de seus filhos

Valorize as qualidades do pai de seus filhos, mesmo que esteja separada. Ao notar que você despreza o pai dela, a criança pode se sentir menos amada.

. Deixe o pai participar da rotina da criança, e não apenas arcar com as despesas. Isso faz seu filho sentir que é importante para o pai e fortalece sua auto-estima.

. Os pais devem estabelecer normas comuns para a educação das crianças. Quando o pai e a mãe não entram em acordo, o filho tende a aproximar-se de quem mais lhe convenha em cada situação, podendo tornar-se manipulador.

. Mandar seu filho para a casa do ex a cada sinal de problemas dá a sensação de que você não se importa de verdade com ele.


Não se afaste durante a adolescência

A busca por identidade própria pode afastar mãe e filhos durante a adolescência. Mas você pode diminuir esse abismo:

. A adolescência é uma fase de hipersensibilidade. Por isso, evite frases como ''Eu te avisei'' e ''Eu sabia!'' quando seu filho quiser conversar. Você faz o adolescente se sentir ridículo e fecha as portas para o diálogo.

. Construa a ponte. Os jovens se isolam quando estão sofrendo. Quando ele se fechar no quarto, leve um lanche na bandeja e crie a oportunidade para uma conversa. Ou simplesmente dê um abraço, sem fazer mais perguntas. Essa atitude demonstra que você percebe a dor dele e está disponível se ele precisar de você.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Falta de huMÃEnidade!

Falta de huMÃEnidade!

Deixo aqui meu carinho a todas as mães que embalaram seus filhos, as que ainda embalam seus bebês, as que os carregaram em seu ventre com amor, a todas as mães que se fazem presentes, a todas as mães não biológicas e até mesmo àquelas que os entregaram para a adoção, porque algumas talvez o façam verdadeiramente por amor, àquelas que sofrem tanto quanto eu, quando assistem na tv essas notícias que nos tiram o chão...
Vamos nos unir, para mudar essa dura realidade!

Diante de tantos casos de abandono de forma tão fria e sem um mínimo de amor, fico me indagando o porque  algumas "mães" agem dessa forma. Não dá pra compreender tamanha a falta de huMÃEnidade. São casos de bebês encontrados em banheiro público, na rua, lata de lixo, jogadas em córregos, dentro de sacolas, jogadas em rios. CHEGA!

Vou ser repetitiva... Quantas vezes necessitar...
MÃES, NÃO ABANDONEM SEUS BEBÊS!


Já passou da hora, de nós cidadãos começarmos uma campanha de sensibilização e conscientização, partindo do dialogo franco com nossos filhos, nossos amigos, nossos parentes...enfim, mais de 8 milhões de crianças abandonadas no Brasil, não é possível ficar indiferente. 
Este problema deve ser amplamente discutido, pois é inaceitável que bebês, totalmente indefesos, ainda sejam abandonados nas ruas por suas mães, enquanto muitos casais esperam em longas filas nos juizados, a oportunidade de dar carinho, atenção e cuidados a uma criança.




Beijos no coração de todos!


"Para estar junto não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro do coração".

Porque "mães" abandonam seus filhos?

Porque "mães" abandonam seus filhos? 

O que leva uma mãe a chegar ao extremo de abandonar um filho? Casos recentes divulgados pelos veículos de comunicação têm registrado com freqüência esse tipo de ocorrência e levado a sociedade a se questionar quanto à condenação mais apropriada para casos desse tipo em que justamente quem deveria proteger e salvaguardar essas vidas indefesas acaba por entregá-las à própria sorte. Geralmente são recém-nascidos, abandonados no lixo, em via pública, em pátios e terrrenos baldios, envolvidos em algum trapo, colocados dentro de sacos plásticos. Alguns são abandonados mortos. Outros são fetos ainda. A história de cada mãe que abandona seu bebê, que o rejeita e o expõe ao risco de morrer, ainda está para ser descrita. Não há dúvida, contudo que esses abandonos têm uma história, talvez diferentes, mas com pontos em comum: são mães que não querem seus filhos. Mas porque estas mães impõem aos seus bebês o risco de morrer? São eles apenas testemunhas inocentes silenciosas de um ato que não podemos aceitar - a rejeição. Mas precisam morrer? Seguramente existem muitas pessoas que amariam essas crianças. Que poderiam dar a elas carinho, afeto, aconchego e proporcionando assim a essas crianças um bom patrimônio afetivo para toda a vida. Mas se existem pessoas que não querem seus filhos, que preferem abandoná-los em situação de alto risco, em qualquer lugar, e se existem pessoas que querem essas crianças por que isso não acontece? Por que essas mães não abandonam seus filhos na porta dos Juizados da Infância e da Juventude? Talvez seja a hora dos nossos Juizados da Infância pensarem no que podem fazer para que as mães decidam não abandonar seus filhos nas ruas ou até matá-los, mas os deixarem com quem pode deles cuidar.
Punição - As mães que abandonam os filhos podem responder por dois tipos de crime: abandono de incapaz ou tentativa de homicídio. "O tipo do crime vai depender da situação em que a criança foi abandonada. Se o abandono resultar em uma lesão corporal de natureza grave a pena será de reclusão de 1 a 5 anos. Se resultar em morte a reclusão é de 4 a 12 anos. As penas podem aumentar ainda mais se o abandono ocorre em lugar ermo, se a pessoa que provocou o abandono for ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. Já no caso de tentativa de homicídio a punição é ainda mais rígida e pode variar de 6 a 20 anos.

 


Abuso infantil porque tanta crueldade com inocentes!

Abuso infantil 

Estudos feitos nos EUA mostraram como o abuso infantil pode ser mais frequente do que imaginamos. No Brasil não temos estatisticas prontas, mas em minha experiência clinica pude perceber que o abuso não escolhe classe social, região ou condição financeira.

Seqüelas

As sequelas deixadas pelos abusadores podem ser graves: problemas sociais e psiquiátricos, problemas de comportamento, como agressão ou comportamento indevidamente sexualizados durante a infância, abuso de substancias, disfunção sexual na idade adulta, depressão, tendências suicidas, medo, etc.

Auto Culpa

Pensamento de auto-responsabilidade são muito comuns. Algumas  crianças sentem que  participaram de alguma forma se oferecendo para que o abuso pudesse acontecer, e por isso nem sempre denunciam o abusador.  Mesmo quando adultas podem manter sentimentos de ser diferente dos outros, tem menos confiança interpessoal, manter a crença de que o mundo é um lugar perigoso, visão negativa da sexualidade e imagem corporal negativa.

O abusador é sempre alguém próximo à criança?

Nem sempre, já recebi relatos de pessoas que foram abusadas por estranhos que passavam pela rua, foram embora e nunca mais foram vistos. Mas, pelos muitos relatos que recebo em minha clínica é muito mais comum um parente próximo, ou padrasto aparecer como o abusador e nestes casos os sintomas são muito mais graves, o sofrimento é muito maior devido, principalmente, à freqüência com que o abuso se repetiu.

A criança percebe que isso é errado?

Nem sempre. O corpo reage ao estímulo, a criança muitas vezes procura, inocentemente aquele prazer, que num primeiro momento parece adequado pois lhe foi ensinado a respeitar e atender aos adultos.
Normalmente a pessoa só se dá conta de que aquilo foi um ato agressivo depois que recebe as informações do ambiente e descobre o porque dela se sentir tão mal e desconfortável com o abuso. Pois até então seu sentimento era de confusão, muita confusão. Esse momento, normalmente, se dá na adolescência.


Porque os abusadores fazem isso?

Muitas vezes é devido a fortes disfunções comportamentais e emocionais principalmente no campo da sexualidade. Podem ser pessoas com forte deficiência de empatia, incapazes de perceber o quanto está prejudicando outra pessoa. Muitas vezes eles tem pensamentos distorcidos de que a criança está "querendo" pois percebe  que o corpo da criança responde, mas sua mente oferece uma resposta negativa muito mais significativa.

O abusadores mais comuns são homens ou mulheres?

Existem casos de mulheres abusadoras, mas normalmente o abuso perpetrado por uma mulher é o abuso físico (bater, espancar a criança), e não sexual.

O que fazer quando a mãe, ou alguém, desconfia de sua criança estar ssendo abusada?

Deve-se imediatamente conversar com essa criança. Validar seus sentimentos, faze-la sentir-se segura para contar o que está acontecendo. Nunca faça perguntas dirigidas, não faça perguntas para que ela responda apenas SIM ou NÂO, pois isso pode implantar memórias falsas, você pode induzir imagens mentais de situações que não ocorreram e fazer com que a criança acredite que vivenciou estas cenas.
Em caso de dúvida quanto ao procedimento com a criança leve-a imediatamente à um psicólogo infantil. Mas assegure-se que este psicólogo tem especialização em atendimento infantil, pois toda a comunicação com crianças é realizada por meios específicos, muito diferente da realizada com adultos.

 

"Supernanny" Jo Frost ensina como educar crianças desobedientes; veja dicas.

"Supernanny" Jo Frost ensina como educar crianças desobedientes; veja dicas

É importante estar calmo e no controle para lidar com uma criança que se comporta mal" diz Jo Frost
 
Não é tarefa fácil lidar com crianças desobedientes. Por isso, é comum que os pais percam o controle e a paciência na tentativa de melhorar o mau comportamento dos filhos. Há mais de 20 anos educando crianças, a educadora britânica Jo Frost, mundialmente conhecida pelo reality show "Supernanny", desenvolveu métodos para lidar com as mais desobedientes. "É difícil de lidar com qualquer criança se você não souber como", diz a educadora. Para Jo, por mais complicado que seja, toda criança pode deixar a desobediência de lado, basta os pais seguirem com uma abordagem diferente na hora de educar. "Sempre peço aos pais que auxiliem na educação da criança e que não sejam passivos ou agressivos".
 
 
O que é mais importante ao lidar com uma criança que se comporta mal?
Jo Frost: Saber entender que o seu próprio comportamento não deve ser um reflexo das atitudes das crianças. É extremamente importante estar calmo e no controle para poder responder a esse tipo de atitude da maneira mais adequada possível.
 
 Deve-se tratar uma criança diferente da outra na hora de disciplinar?
Jo Frost: Os pais acreditam que, como seus filhos têm personalidades diferentes, não devem responder às mesmas consequências que outra criança. O fato é que, entre os dois e cinco anos de idade, ensinamos aos nossos filhos as bases de um comportamento apropriado. Estamos moldando a maneira como eles se comportam de acordo com os nossos valores familiares. Isso significa que a mesma consequência terá impacto sobre cada criança, independente da personalidade e das diversas formas de educação. (Para saber se você faz comparações entre seus filhos, clique aqui e faça o teste). À medida que as crianças crescem, elas se tornam mais impulsivas, o que pode levar ao mau comportamento. Podemos usar a atitude indevida da criança como uma alavanca de incentivo ao comportamento positivo. Ensinar uma criança a compreender seu comportamento faz com que ela crie consciência de seus atos. Assim a criança se torna menos impulsiva e mais disciplinada, o que a leva a pensar antes de agir. Mas isso só se dá a partir dos seis anos de idade. Você não consegue argumentar com uma criança de três anos, mesmo que tente. Nessa fase, as crianças vivem numa bolha. Já dos oito aos 11 anos, elas tê mais disciplina e controle sobre suas emoções.

Crianças precisam de limites?
Jo Frost: Com certeza. Limites são barreiras, regras da casa. Elas são estipuladas por seus pais ao longo do seu crescimento. Sem limites e regras será desenvolvido um comportamento rebelde. É igualmente importante equilibrar essas regras fazendo elogios quando os filhos mostram um comportamento positivo.

 Os pais devem entender o motivo do mau comportamento?
Jo Frost: Com certeza. Minha filosofia de educação é: afastar-se, observar o comportamento em questão e, finalmente, voltar ao problema para resolvê-lo. Isso permite aos pais perceberem de modo mais objetivo o que está acontecendo com a criança. Normalmente, os pais ficam presos num tornado de emoções durante esses problemas de comportamento e acabam se perderdendo no olho do furacão. E isso não ajuda nem os próprios pais, muito menos as crianças.

 Bater jamais pode ser uma opção na hora de educar?
Jo Frost: Jamais! Bater é um hábito que tem sido passado de geração em geração como um meio de controlar o comportamento indesejado. Isso gerou uma hostilidade entre o relacionamento familiar. Isso é resultado da falta de controle da agressividade dos pais. É um ato silenciosamente escondido por pais abusivos, que foram criados em famílias disfuncionais. Bater certamente é um assunto controverso na sociedade atual.

O que observar no comportamento infantil


O que observar no comportamento infantil   

BRIGAS NA ESCOLA: A criança começa a brigar com os colegas e a agredir funcionários da escola. É o primeiro sinal de que algo não vai bem. Os pais devem investigar a causa da agressividade com ajuda de professores e de terapeutas.
IMPOTÊNCIA PARA DESAFIOS: As crianças não conseguem fazer suas tarefas diárias e tornam-se agressivas. Têm medo e ansiedade. Os pais devem apoiá-las na realização de trabalhos sem agredi-las com excesso de cobranças.
HORROR AO FRACASSO: Se a criança tem ataques quando fracassa numa tarefa ou é contrariada, o potencial para que se torne violenta já está desenvolvido. Os pais devem impor limites com carinho.
ARROGÂNCIA: Se a criança alcança uma vitória e, em vez de sentir-se feliz, torna-se arrogante e irrita os colegas, deve ser mais bem observada porque sente raiva no lugar do prazer, o que é um sintoma de falta de afeto.
BAIXA AUTO-ESTIMA: A criança que se sente indigna de admiração e apreço carrega enorme potencial agressivo. Os pais devem ajudá-la a melhorar a auto-estima convencendo-a de suas qualidades e de seus méritos.
INTROSPEÇÃO: Se a criança está muito introspectiva pode ser um sinal de que não sabe pedir ajuda. Pode estar sentindo-se desamparada e isto resulta, com freqüência, em explosões de ódio.
 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Como os pais podem ajudar os filhos


Como os pais podem ajudar os filhos 

ATÉ 3 ANOS: A agressividade nesta idade é considerada natural, uma manifestação de desejos que a criança não sabe expressar em palavras. Sem brigar, gritar ou dar tapinhas no filho, os pais devem impedir que as crianças machuquem os colegas. Basta ensinar à criança que ela não pode morder ou bater nos amigos com um firme "não, neném".
DE 3 A 7 ANOS: Nesta fase, a criança precisa de limites básicos e pode reagir de forma agressiva ao deparar-se com eles. O caminho é impor limites sem ameaças, surras ou violências que causem mais raiva e ressentimento. Nesta idade, a criança precisa de educação e, principalmente, de carinho. Se ela se jogar no chão de pirraça, cuspir nos pais ou ameaçar esbofeteá-los, os pais devem repreendê-la com um momento de reclusão no quarto ou numa poltrona para que a criança pense nas bobagens que anda fazendo.
DE 7 A 10 ANOS: Esta é a faixa etária perigosa, em que a criança já sabe o que pode ou não fazer. Se ela transgride com freqüência, merece maior atenção de pais e professores e talvez a ajuda de uma terapia. As punições devem ser pacíficas e construtivas, porque atos violentos geram mais violência.

Crianças violentas uma realidade dos nossos dias?

Impor limites é ensinar a criança a se controlar   


Um trabalho pioneiro da professora Maria Abigail de Souza, do Instituto de Psicologia da USP, com 14 meninos violentos, entre 9 e 11 anos, todos vítimas de abandono emocional e social, mostrou que estas crianças se acalmam ao receberem atenção de adultos próximos.
A idéia de atender crianças agressivas surgiu quando a psicóloga trabalhava com dependente de drogas entre 18 e 30 anos e constatou que todos os seus pacientes haviam sido crianças violentas.
A atenção e o afeto fazem com que as crianças que sentem ódio construam suas vidas no registro oposto, descobrindo vivências de amor. E, a partir daí, tenham ao menos possibilidade de escolha entre um e outro sentimento. Esta é uma das técnicas de tratamento de crianças agressivas recomendadas pelos psicanalistas americanos Fritz Redl e David Wineman em "Crianças agressivas" e "O tratamento de crianças agressivas" (Editora Martins Fontes). Os autores demonstram que a criança que sente ódio não consegue amar simplesmente porque desconhece o que é amor.
Mas há casos de crianças agressivas causados por problemas neurológicos, que podem ser hereditários ou decorrentes de quedas ou pancadas na cabeça, segundo o psiquiatra Alfredo Castro Neto. Os sintomas são mudanças drásticas de conduta, falta de controle dos impulsos (crianças muito agitadas) e dificuldade de atenção nas aulas:
- Há crianças que levam uma pancada na cabeça e sofrem lesão cerebral grave, que leva a um comportamento agressivo. Neste caso, a criança precisa de acompanhamento médico e talvez de tratamento com drogas fortes. Segundo pesquisas feitas pelo americano Paul Wender, estas crianças, se não forem tratadas, tornam-se adultos delinqüentes ou alcoólatras - alerta.
Claudia Andrade tem um filho com hiperatividade, doença que se manifesta por excesso de agitação e, às vezes, por comportamento violento. Ela diz que a melhor forma de ajudar é responder à agressividade com carinho:
- É difícil, mas procuro achar meios de punir construtivamente, sem fazer ameaças nem recorrer a pancadas. Meu filho melhorou muito depois que passou a fazer atividades alternativas como ioga para crianças.
A psicanalista e professora da Universidade Santa Úrsula Ruth Goldemberg ressalta que a agressividade pode ser um elemento positivo na criança, se for acolhida pela mãe sem retaliações:
- As relações humanas se constróem a partir do amor e do ódio. Se a mãe souber dar limites à criança com ternura e serenidade, a criança toma posse de seus sentimentos destrutivos e aprende a controlá-los. Quando a criança vive momentos de perdas importantes, como uma doença da mãe ou a separação dos pais, ela rouba, mente, incomoda desesperadamente e tem uma conduta caótica. Ela está chamando a atenção, pedindo ajuda. Se for atendida, recupera-se e os sintomas desparecem.
 

Os TIPOS de MÃES


A CIÊNCIA DO AMOR MATERNO *

A CIÊNCIA DO AMOR MATERNO *

"Amor, só de mãe". Em algum pára-choque de caminhão, a frase folclórica revela mais o sentimento do caminhoneiro do que a relação psicológica existente entre mães e filhos. É que, por mais intrigante, o amor de mãe pouco difere do amor de pai, irmão, padrasto, madrasta, marido ou mulher. Por mais que as supermães protestem e afirmem que o amor a seus filhos está acima de suas próprias vidas! Isso se deve a razões pouco conhecidas: o instinto materno é um mito e entre os seres humanos não há amor incondicional. "Entre nós, todo amor é construído" - afirma Maria Tereza Maldonado, mestre em Psicologia Clínica pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio de Janeiro, integrante da Academia Americana de Terapia de Família e da Associação Mundial para a Saúde Mental Infantil.

A mais respeitada terapeuta familiar do País no exterior é autora de 24 livros sobre terapia familiar e infantil. O seu best-seller Comunicação entre pais e filhos, que vendeu 75 mil cópias no Brasil, foi publicado em espanhol pela Paulinas Editora venezuelana. Ela conversou com FAMÍLIA CRISTÃ em seu apartamento, em Copacabana, sobre as relações entre mães e filhos. O resultado vem a seguir.

FC - A tese de que o amor materno não é natural, mas construído, é uma novidade entre os estudiosos do comportamento humano?

- Não. Trabalhos de antropólogos e sociólogos que estudam a maternidade nos tempos antigos verificaram que em determinadas épocas era comum abandonar as crianças. Os bebês eram colocados em instituições ou dados para serem criados e poucos sobreviviam. Não só as famílias carentes faziam isso, mas também as ricas. Tal atitude mostra que cuidar dos filhos não é um instinto.

FC- Isso ocorria só com os filhos não desejados?

- Com todos, legítimos ou bastardos. Por volta dos séculos XV e XVI, tratava-se de um pensamento generalizado que os filhos não precisam ser cuidados por suas famílias. A criança não tinha, na Idade Média, a condição de ser humano, com direitos a bons tratos.

FC- Quando as crianças começaram a ganhar, particularmente das mães, o carinho merecido?

- Por volta do século XVIII, houve uma mudança no discurso dos filósofos; e no século XIX surgiu, por parte dos médicos, a idéia da importância do amor materno.

FC- Sendo assim, o chamado instinto materno, entre os seres humanos, é discutível?

- Totalmente. Ainda hoje há um número expressivo de crianças abandonadas, maltratadas, espancadas e até mortas por suas famílias, mostrando que o vínculo biológico não garante amor e proteção. Por outro lado, observam-se famílias com filhos adotivos e homens e mulheres que partiram para novos casamentos e acolhem as crianças de seus companheiros e companheiras com amor profundo. É a prova de que o amor a uma criança não depende do vínculo biológico.

FC- Resumindo, instinto materno é um mito.

- O que existe é amor materno, sentimento adquirido que se estabelece pelo contato e disposição da pessoa em amar a criança. Agora, a frase "amor, só de mãe" tem certamente um fundo de verdade. O amor de mãe costuma ser mais estável, confiável, puro e supera melhor as dificuldades. Mais do que o amor entre um homem e uma mulher. Mesmo ele, porém, pode ser desconstruído.

FC - Desconstruído? É possível a senhora explicar melhor?

- As relações humanas são muito complexas. Como entre os seres humanos todo amor é construído, ele também pode ser desconstruído. Um homem e uma mulher se amam porque o amor deles foi construído. Sendo assim, pode ser demolido. Um fato novo pode acabar com ele. As separações e os divórcios estão aí para mostrar. Quantos irmãos que a princípio se amavam rompem e passam o resto da vida sem se falar? Às vezes, os próprios pais têm um vínculo de amor com um filho e acontece algo em certa altura da vida e esse vínculo é cortado. Os motivos são variados: o filho se casa com uma mulher que os pais desaprovam... Entre nós, o amor não é uma coisa inabalável.

FC- Como também pode ser reconstruído, não?

- Sim. Tudo que é construído pode ser desconstruído e, novamente, reerguido. Um exemplo? Determinada mulher tem um filho do homem que a deixou. Tempos depois, 10, 15 anos, esse homem quer ter contato com a criança que ele rejeitou. Tal contato pode ser significativo para os dois e para eles construírem uma relação de amor.

FC - O instinto materno é o único mito envolvendo mãe e filhos?

- Outro mito é dizer que as mães gostam dos filhos igualmente ou os criam da mesma maneira. Na verdade, cada relação tem uma peculiaridade. E quanto àquela tese freudiana a qual os filhos se apegam mais às mães, e vice-versa e as filhas se apegam mais aos pais não é uma regra. Nem sempre acontece.

FC- Como rebater o argumento dos que defendem o instinto materno?

- O instinto materno seria verdadeiro se a mulher tivesse em seu equipamento biológico algo que a levasse a amar automaticamente seu filho. E ela não tem. Algumas mulheres pensam ter porque começam a amar seu filho ainda na gestação, se encantam só de pensar em tê-lo. Isso é possível. Mas só prova que o amor é construído no seu psiquismo. O mesmo mecanismo afetivo acontece nas adoções. O casal não consegue ter filhos e decide adotar. Então, o homem e a mulher passam a construir o amor por essa criança, antes mesmo de conhecê-la. Tanto que quando um casal conhece a criança acontece o que se chama "amor à primeira vista". E não é. Esse amor vinha sendo construído há meses, anos. O amor, assim como um feto, também é gestado.

FC - O interessante é que a maioria dos animais irracionais é dotada de instinto materno, talvez até movida pela necessidade de perpetuar a espécie.

- Uma pata ou uma galinha assim que têm seus filhotes, estes vão atrás delas, os põem sob suas asas. Essa necessidade de proteção acontece com as cadelas, as éguas e outros animais. Elas, sim, têm instinto. Claro que, quando o homem corta a seqüência da natureza e separa os filhotes da mãe logo após o parto e, dias depois, os devolve para a mãe, rompe-se a seqüência instintiva entre a fêmea e os filhotes. Com os macacos em cativeiro, quando separam a mãe dos filhotes por um ou dois dias, a mãe já não reconhece as crias. E aí sim a mãe pode matá-los. Na natureza, não. A mãe põe os filhotes nas costas, lambe-os e os protege dos predadores.

FC- Não há necessidade de a mulher amar seu filho de forma natural por uma questão de continuidade da espécie humana?

- Há várias motivações para se construir o amor a uma criança. Uma delas é o desejo da transcendência. Ao dar à luz a uma criança, a mulher vê a continuidade de si mesma pelas gerações futuras. Mas esse é apenas um motivo para ter um filho e é bem mais forte entre os animais. Porque entre os seres humanos, pelo que se vê geograficamente, hoje em dia, há países com baixas taxas de natalidade. Muitos casais não querem filhos. Por outro lado, a continuidade da espécie humana não corre risco de extinção. Ao menos por enquanto.

FC- Por que a tese da ausência do instinto materno choca as pessoas, particularmente as mães dedicadas?

- Porque, culturalmente, a partir dos séculos XVIII e XIX, passou-se a enaltecer a posição da mãe como aquela que ama e protege seu filho, cuida dele por um tempo infindo. A imagem cultural da maternidade vem cercada desse idealismo e de clichês como "Mãe é padecer no paraíso", "Mãe ama incondicionalmente o filho". E isso, precisamos admitir, não é a regra. Nem toda mãe consegue amar seu filho logo que ele nasce. A cobrança da sociedade e da família em relação à mulher, para esta amar seu filho já a partir do primeiro momento que o vê, é muito forte. Sem falar que a experiência de dar à luz, para a mulher, gera mais do que um tipo de sentimento. É algo profundo e forte.

FC - Quando não assustador.

- Sim, porque nem sempre as pessoas lembram que aquela gravidez pode não ter sido planejada, a mulher não aprovou muito a idéia e está em dúvida se engravidou no melhor momento. Ela até pode imaginar um tipo de bebê e de repente vem outro. E, em vez de se encantar, se decepciona. Ou, ao menos nos primeiros dias, fica assustada com a idéia de cuidar durante muitos anos de uma pessoa totalmente dependente dela. Isso tudo dá medo, gera frustração, culpa e sofrimento.

FC - Felizmente, a maioria das mães tem capacidade para superar estes problemas, não?

- Esses e mais outros. Consegue desenvolver e nutrir esse amor materno fazendo coisas que até Deus duvida por essa criança. Mas isso não é uma regra. Nem todas as mulheres nasceram para ser mães, algumas por não serem capazes de construir um amor materno ou não terem vocação para a maternidade, outras por optar pela profissão.

FC - Há mães tidas como mais superprotetoras do que as outras, como as italianas e as judias. A mãe brasileira, latina, não poderia ser classificada como tal?

- É perigoso partir para qualquer generalização. Você tem, de fato, mães brasileiras que cuidam muito bem de seus filhos, se preocupam com eles. Muitas vezes até se tornam superprotetoras, principalmente agora que nós estamos vivendo problemas da violência urbana nos grandes centros e isso põe em risco as crianças. Mas, geralmente, a superproteção atrasa o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes... Se eu tivesse que dar um recado às mães seria este: criem seus filhos com carinho e respeito, pois nós precisamos formar gerações solidárias e não violentas para este mundo se tornar melhor.

FC- Se o amor de mãe é construído, um pai também pode amar seu filho com a mesma intensidade de uma mãe?

- Claro. Há pais que cuidam de seus filhos de uma maneira mais satisfatória do que muitas mães. Esse modo paterno de cuidar, proteger, nutrir e acompanhar é muito importante. No plano do amor construído a seus filhos, pai e mãe devem ficar no mesmo patamar.

Mãe e Filho

Um filho nunca será perfeito o suficiente para atingir a pura grandeza de sua Mãe. Mas, será sempre perfeito aos seus olhos.
Porque Mãe e filho se completam. Preenchem-se num espaço único. Cabem em um só.
Refletem entre si compartilhando do mesmo corpo, do mesmo sangue, da mesma respiração.
Suas dores e alegrias não se somam. São as mesmas. São únicas e não conseguem nunca ser incompatíveis.
Não há melhor abraço, melhor carinho, melhor acolhimento.
Não há maior amor, maior compreensão, maior respeito.
São feitos em um ciclo harmônico e recíproco. O filho nasce para Mãe. A Mãe nasce para ter o filho. E são o mundo e a vida um para o outro.
 E Mãe nasce duas vezes.
Pois, não há vida de mãe que não renasça junto ao nascimento de seu filho. Muda-se a razão de sua própria existência.
O seu filho será sempre a imagem pela qual buscarão os seus olhos, a voz que buscarão os seus ouvidos. Será aquele de quem sempre se ocuparão seus pensamentos.
Amor entre Mãe e filho é incondicional.
É o amor pronto. Acabado em si mesmo. É um amor que não espera em exigências, porque ele tudo acolhe, tudo compreende, tudo aceita, de tudo se satisfaz.
E não é cego. É o amor que mais enxerga, o que vê através de tudo. E por isso mesmo é o mais sincero e verdadeiro, porque nele há a certeza da pessoa que se ama, e a certeza de que o ama mesmo assim.
E quando separados pela distância, Mãe e filho se perfazem na maior expressão de saudade, porque longe um do outro são incompletos, e a saudade passa a ser até de ‘si mesmo’.
Mas, seus caminhos nunca se afastam. São traçados lado a lado, pois não há distância que os impeça de se acompanharem.
E não importa quão longe caminhe um filho, ele nunca encontrará outro lugar que sempre poderá voltar assim como sempre o poderá para os braços de sua Mãe.
É o colo que sempre lhe cabe, os braços que sempre o alcançam, e o coração que sempre o ama.
É o amor que exala sem nem precisar ser dito. É uma paixão que o aquece como fonte de vida.
Os filhos devem agradecer às Mães por ter-lhes dado a vida. Devem agradecer às Mães por viverem com eles, para eles e por eles.
Mãe e filho. Uma só vida. Um só sentimento. Uma só razão.

Mensagem a favor da vida de muitos bebês que não tem a chance de conhecer o mundo onde os seus pais vivem.

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