quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pais superprotetores: quando é demais?

Quando a proteção virou superproteção e já está encaminhando-se para obsessão será fácil perceber? E que sinais dirão que não é apenas demonstração de amor?

Proteger é uma atitude que a maioria dos pais tem com seus filhos e cônjuge, mas quando isso torna-se exagerado, gerando conflitos e um sentimento de perseguição e aprisionamento?
O excesso de cuidados pode tornar-se uma doença que prejudica a convivência e integração familiar,os pais têm que saber dosar e equilibrar os cuidados com os filhos, para que isso não vire uma síndrome obsessiva.
Existem 2 tipos mais conhecidos desuperproteção: a simbiótica e a parasitária, a primeira é quando mãe e filho não conseguem separar-se, a outra é quando a mãe tem dependência de estar grudada onde o filho estiver, isso pode ser na escola, nas aulas de esportes, na faculdade... Chega-se a um extremo em que a mãe chega a seguir o filho mesmo sem ele saber.
  • Então como podemos verificar se esta superproteção não está prejudicando todafamília e como resolver este problema que já tornou-se uma obsessão? Vamos abordar alguns pontos sobre este assunto. Vamos lá?
  • 1- Comportamento

    Alguns comportamentos devem ser avaliados com cuidadosa reflexão.
    Medo dominador de que os filhos se machuquem brincando.
    Seus filhos vão querer e precisarão brincar. Algumas vezes vão se machucar, arranhar o joelho, machucar o pé, mas é totalmente normal. Crianças e jovens pulam, correm, se penduram nas coisas e é totalmente comum vez ou outra machucarem-se, mas também sua recuperação é rápida, pois são jovens, bem nutridos e cheios de energia, então não é necessário os pais agirem cheios de cuidados exagerados. Há mães que só deixam seus filhos brincarem como numa bolha, até mesmo dentro de casa, longe de todo e qualquer objeto; determinar horas, locais e espaços adequados para que eles brinquem é saudável e importante, mas exagerar em algumas medidas é perigoso.
    Medo constante de que algo ruim aconteça com o filho/a.
    Fazer as responsabilidades de seu filho no lugar dele/a, como fazer as tarefas, escovar seus dentes (falamos disso quando a criança já possui maturidade suficiente para executar essas ações sozinha), cortar seu bife, colocar comida na boca dele/a, dar banho, trocar a roupa, amarrar os cadarços, etc. Geralmente os pais os tratam como se fossem bebezinhos que não têm nem a fala nem coordenação motora desenvolvida para desempenharem esse papel sozinhos.
    Pais que falam de modo infantil com o filho, fazendo ruídos estranhos.
    Pais que enchem seus filhos de elogios com o intuito de convencê-los das coisas que eles como pais querem que eles executem.
    Proibição de passeios escolares, já que eles não poderão estar presentes.
    Toda atitude controladora em demasia que sufoca e impede o desenvolvimento e a independência dos filhos, pode ser denominada obsessão.
  • Obsessão

    , segundo o dicionário significa, perseguição, mania, ideia fixa, impertinência, alienação, transtorno, compulsão, embirração, doidice, extravagância, inoportuno, entre tantos outros.
  • 2- Como isso afeta os filhos?

    Geralmente quando os filhos são criados com base nas descrições citadas, é comum que tornem-se pessoas inseguras, inquietas ou quietas demais, indivíduos que tenham muito medo, que não consigam se socializar bem, ou tornem-se pessoas revoltadas ou agressivas, sem gostar de obedecer regras e valorizar o tempo em família, cada pessoa pode ter reações bem diferentes. Em vez de haver uma aproximação com a família, pode desenvolver desejo de isolamento familiar.
    Tudo isso pode ser evitado com uma proteção cuidadosa, mas, equilibrada; os filhos precisarão aprender, andar com suas próprias pernas, trabalhar, para que consigam enfrentar os desafios do mundo quando os pais não estiverem mais por perto.
  • 3- Sentimento de culpa

    Sentimento esmagador de culpa pelas falhas dos filhos. É claro que nem sempre eles vão acertar, nem sempre vão tirar nota 10 nas matérias, mas os pais tem que entender que falhar faz parte do processo de aprendizagem da criança, jovem ou adolescente, não há necessidade dos pais se autoafligirem ou ficar em um processo chamado punição mental, onde toda hora criticam a si mesmos, dessa forma não há harmonia, paz interior e nem estará ajudando seu filho a superar as falhas.
  • 4- Síndrome do ninho vazio

    É uma síndrome conhecida por fazer sofrer em excesso quando o filho/a está ausente. Essa síndrome é marcada por sentimentos de inutilidade e vazio que tomam conta de pais e mães que constroem suas vidas baseados na dependência maternal ou paternal e sentem-se perdidos diante da ausência deles, como se não tivessem mais objetivos na vida; isso acontece muito quando eles casam ou saem para viajar ou a trabalho.
  • 5- Sintomas a ser cuidados

    .
    Muita ansiedade.
    Angústia.
    Falta de sono constante por medo de algo ruim acontecer.
    Pensamentos negativos a todo instante de que se não ligaram é porque foram atropelados, desmaiaram na rua, se feriram ou estão no hospital.
    Insegurança.
  • 6- O que fazer?

    Controlar-se em primeiro lugar.
    Evitar ficar ligando de uma em uma hora para saber onde estão, o que estão fazendo e com quem estão.
    Conversar bastante sobre suas dificuldades tanto com o cônjuge, como com os filhos, se já tiverem idade para compreender e ajudar.
    Permitir que eles se ausentem de sua presença para ir a passeios, acampamentos, e desenvolver outras atividades como esportes que os ajudem em seu desenvolvimento social.
    Permissão para namorar na idade recomendada, de preferência a partir dos 16 anos que é quando os jovens já estão mais amadurecidos para compreenderem regras, direitos e deveres.
    Os pais devem dar as ferramentas para que os filhos desenvolvam as próprias defesas e façam escolhas.
    Os pais precisam demonstrar que confiam em seus filhos.
    Orientar, não manipular.
    Se houver muita dificuldade em resolver esse problema que virou obsessão, o mais indicado é procurar ajuda de um profissional na área de psicologia que vai lhe orientar a como vencer esses desafios interiores.
    O essencial é cuidar com amor; superproteção com base em obsessão não faz bem. Hábitos simples, com ternura e compreensão de todos, fortalece as famílias, ajuda a superar as barreiras e lutar para o melhor, lembrando que o primeiro passo é reconhecer e o segundo, mudar!
  • 7- Equilíbrio

    Ter equilíbrio na vida sob qualquer aspecto é um bem a ser encontrado. Autotortura, ansiedades extremas, compulsões, obsessões, não é bom nem saudável. Qualquer pessoa pode buscar mais qualidade de vida por meio simples, como:
    Condicionamento da mente.
    Eliminando velhas manias que são prejudiciais
    Fazendo exercícios físicos ou aeróbicos que ajudam a extravasar as tensões e traz mais sensação de bem-estar.
    Conversando com amigos sobre o problema.
    Com passos simples, mas determinados, é possível vencer medos e dificuldades e buscar esse equilíbrio que torna a vida de todos melhor.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Socorro! Está Impossível Educar o Meu Filho

O verdadeiro educador aprendeu a partir da dúvida, e agora, ensina sem seguir a turba...

Mediante as dificuldades cotidianas de seeducar, vê-se a necessidade de agir com maior rigor, utilizando-se de um planejamento a ser compreendido e discutido entre todos aqueles que convivem com as crianças. É importante criar um método que ajude no processo educacional dos filhos. Não obstante, agir organizadamente traz mais harmonia para dentro dos lares, além de gerar a gostosa sensação de se estar cumprindo a vital missão: educar o ser humano para uma vida mais plena.
Faz-se necessária a lembrança de que a educação infantil deve acontecer em casa, e que à escola compete a formação acadêmica, acrescida de alguns valores. Portanto, é um casamento de forças educacionais e não um jogo de empurra-empurra, no qual a criança deixa de ser educada e de quebra sente-se um transtorno. A educação leva tempo, não ocorre da noite para o dia. Ela é um processo. Não somos máquinas programáveis, somos gente, que necessita de desenvolvimento e maturidade para tornar a vida melhor. 
Os últimos tempos têm dado amostras de resultados desastrosos de uma educação com baixos limites em sua estrutura, além da bola-de-neve dos relacionamentos ruins que são desenvolvidos, parte como consequência deste equívoco. Contudo, a natureza é especial, e as possibilidades favoráveis são ilimitadas. Para aqueles que despertam com nova esperança em seus corações, encontrarão força para fazer a diferença, de seu jeito particular, próprio de cada família.
Destacam-se alguns pontos-chave no processo de educação. Eles determinam o grau de êxito em cada caso. São o sacrifício, acordo, objetivos, conhecimento, paciência, firmeza e perseverança. Acrescente outros itens que desejar e melhore ainda mais este encontro de boa vontade na educação dos filhos.
 1. SACRIFÍCIO: A tarefa da Educação requer sacrifícios como o da paciência, perseverança e firmeza. Tudo tem um preço na vida. Compreender o resultado do sacrifício ajuda a tornar o custo mais leve. Há tempos as pessoas evitam os sacrifícios, cujo termo significa: privação de coisa apreciada. 

2. ACORDO: Todos os cuidadores precisam conhecer e estar de acordo, e agir em parceria. Assim, a força estará concentrada na união e na aprovação sobre a forma de se educar, em comum acordo. A criança percebe o conjunto coerente. 

3. OBJETIVOS: Estas tarefas de Educação visam a educar a criança e, consequentemente, trazem mais harmonia para o lar. Todos devem ter conhecimento acerca do que se pretende com a educação. 

4. CONHECIMENTO: A criança, a partir de 2 anos de idadeaproximadamente, testará e contestará os pais, utilizando-se da famosa birra (choro, esperneação, etc) como instrumento para esta finalidade "Quem não chora, não mama". 

5. PACIÊNCIA: Sem a paciência desistimos de nossos projetos, com ela, nos alimentamos diariamente, dando forças para a firmeza. 

6. FIRMEZA: Manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam a consistência e a segurança da criança. Lembre-se que o tempo gera o hábito. O hábito gera economia. 

7. PERSEVERANÇA: No dia.a.dia é que se constrói a educação, portanto, a sua manutenção persistente é fundamental. A constância permite um resultado bem melhor

Vale lembrar a questão humana presente na vida familiar: o quanto se está envolvido com os filhos e as influências causadas nos pais em virtude de seus comportamentos. Ou seja, tolera-se ou não certos comportamentos infantis de acordo com algumas experiências passadas dos pais, tais como o choro, as dificuldades, etc. Os pais podem estar "cegos" mediante certos comportamentos dos filhos. A história de vida é singular. Cada um tem a sua, inclusive a criança. Misturar as estações só dificultará o processo educacional, e de convivência. Não é tarefa fácil, todavia vale a pena. 
Outra questão é o sentimento de culpa é comum nos pais, em virtude do pouco tempo que passam juntos com osseus filhos, pelo baixo ânimo e paciência que oferecem após um dia de exaustivo trabalho, além do acúmulo de noites mal dormidas, etc. No entanto, a culpa apenas dificulta a educação, diminuindo as chances de se praticar o que é necessário. Os pais acabam invertendo as prioridades, dão o que não deve, a exemplo dos presentes. Não compre os filhos com coisas, compartilhe educação. 
Algumas regras colaboram no processo da educação infantil:
  • Estar disposto a certos sacrifícios.
  • Manter comunicação constante. As conversas fazem parte da educação.
  • Não atender as birras, mas aos pedidos.
  • Expor à criança que só será atendida se pedir em tom de voz normal.
  • Evite usar os personagens de televisão para amedrontar ou punir os filhos, faz mais sentido alegar que são os pais ou cuidadores que estão educando.
  • Não voltar atrás.
  • Oferecer algum tempo diário para se dedicar aos filhos, carinho, brincadeiras, etc.
  • Evite a contradição entre o que é dito pelos pais. A criança se sente confusa e dividida.
  • Os pais são o modelo a ser seguido. Pense que tipo de modelo é o seu.
  • Não acredite que o tempo, por si só, dará jeito na situação. Não haveria sentido em existir a educação.
O pedido de socorro emitido pelos pais é compreensível, porém, a criança também grita por ajuda. A birra é uma forma de saciar os prazeres infantis, entretanto, quando atendida, ela agrada e ao mesmo tempo gera um mal estar na criança, que precisa de educação. Quando nos sentimos sem apoio (limites), a angústia é a sensação que expressa tais circunstâncias. O sacrifício de manter a educação é a luta diária que cabe aos pais, e que temcomo recompensa a boa formação. Sacrifício requer uma cota de entrega. Em Efésios 5:2, temos: "e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave".

Pense profundamente sobre a entrega que deseja empreender. O método que persiste é aliviado pelo tempo. A criança aprende e cria os seus mecanismos próprios. Creia nela e em suas possibilidades de educação.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

5 dicas para controlar seu filho sem sair do sério

Criança fazendo birra
Se seu filho insistir em dar escândalo, ignore a birra em vez de puni-la
Crianças não têm controle total das próprias emoções, por isso gritam, choram e se jogam no chão para conseguir o que querem. Normalmente, essas crises diminuem por volta dos 5 anos. Fabio Ancona Lopes e Dioclécio Campos Jr., organizadores do livro Filhos de 2 a 10 Anos de Idade (Ed. Manole) dão algumas dicas para você conseguir conter a birra do seu filho. Confira:
Distraia
Assim que a criança manifestar o início da birra, mude o foco de atenção dela. Tente distraí-la com algo de que ela goste.
Ignore
Se ela insistir em dar escândalo, ignore a birra em vez de puni-la. A punição pode encorajar seu pequeno a repetir esse comportamento. Finja que não se incomoda, mesmo que outras pessoas estejam olhando e pedindo que você tome uma providência.
Mude de ambiente
Se a situação for embaraçosa por ocorrer em público, retire a criança do ambiente. Leve-a para um local mais calmo e deixe-a espernear à vontade. Fique próximo, mas sem dar atenção. Quando ela se acalmar, volte às suas atividades normalmente.
Mantenha a calma
Não agrida seu filho. Alguns distúrbios de personalidade podem resultar de repreensões rígidas e violentas demais na infância.
Use poucas palavras
Se além de fazer birra a criança ficar agressiva, diga imediatamente que ela está errada e retire-a do ambiente. Repreenda-a com poucas palavras e de forma direta para ela entender bem o recado. Não deixe para chamar a sua atenção depois, porque ela não perceberá a relação da bronca com o que fez

sábado, 24 de maio de 2014

A Criança Birrenta e teimosa

Definição
A birra é uma fase normal, pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas e em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.

Como tratar uma criança nesta fase?
Considere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e a seu filho durante esta etapa.

1. Não se ofenda por esta fase normal.
Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor.

2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".
Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.

3. Dê a seu filho outras opções.
Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?" Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.

4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opção
As regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.

5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.
Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.

6.Elimine as regras excessivas.
Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo oque tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.

7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.
Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho comece a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo.

Procure médico para uma consulta de rotina se
Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".

- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.
- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.
- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.

Saiba como proteger crianças e adolescentes dos perigos da internet

Há 15 anos presente na vida do brasileiro, a internet mudou os hábitos também de crianças e adolescentes. A atual geração, considerada como "tecnologicamente nativa", já nasceu com o computador da casa conectado à web. Mas, com o maior acesso às informações, vem a grande responsabilidade na navegação.

Para que os jovens internautas possam utilizar a internet com segurança, é possível tomar alguns cuidados na hora de utilizar sites e redes sociais. Dois dos riscos maiores são o da pedofilia e do ciberbullying (espécie de assédio moral a uma criança pela web), que podem ser prevenidos de formas semelhantes. 

Na web é possível ter um espaço democrático e com liberdade de expressão, mas também há o perigo de informações serem mal interpretadas e usadas por pessoas mal intencionadas. Daí a necessidade de monitoramento das crianças e adolescentes.

PC na sala
Há softwares que ajudam os pais a verificar se há alguma coisa errada acontecendo. A empresa de segurança McAfee possui uma solução de controle parental para o computador, prometendo “uma ferramenta que vai ajudar aos pais entender o que os filhos estão fazendo”, segundo José Matias, gerente de suporte técnico da companhia.

“O software Total Protection classifica os usuários por faixas etárias e também é possível definir atributos sobre o que o usuário possa ou não fazer. Mas o intuito não é proibir, mas sim permitir a navegação e registrar o que ele está fazendo – inclusive conversas em mensageiros instantâneos, redes sociais e YouTube”, afirma. “Mas é importante que os filhos saibam que os pais estejam fazendo isso”, ressalta.

“A criança tem um acesso a um computador que está no quarto, que é dela, onde pode fechar a porta e ter privacidade. Esse tipo de comportamento permite que ela se isole, e fica mais difícil para a família saber o que está acontecendo”, afirma Matias. O conselho é deixar o PC na sala, mas sem deixar de monitorar a navegação. 

De portas abertas
Pesquisadora sobre bullying no Brasil desde 2000 e consultora da organização não-governamental Plan, Cléo Fante é pioneira nos estudos sobre o assédio feito pela internet. Para a educadora, o desfecho do ataque virtual acaba indo para o mundo real: no caso de crianças e adolescentes, geralmente esse ambiente é a escola. 

“Quando os jovens não são orientados pela família ou a escola, acabam gerando a violência”, diz. Para Fante, as instituições de ensino deveriam orientar os alunos para os perigos na internet. E a falta de direcionamento aos estudantes na prevenção é que permite que se exponham aos riscos.

“É como eu explico para os alunos: é a mesma coisa de você estar em sua casa e deixar as portas abertas. Então, qualquer pessoa pode entrar, mexer nas suas coisas, invadir sua privacidade, lhe maltratar e lhe caluniar – mas você também facilitou”, diz. 

Dicas
A prevenção é ainda a melhor forma de ajudar. É preciso prestar atenção ao comportamento das crianças e adolescentes, que costumam ficar mais introspectivos, agressivos e evitando o uso da internet. Mesmo quando se lida com um filho que seja autor do ciberbullying, é também necessário ficar de olho em atitudes egoístas, violentas e que trazem um sentimento de superioridade. 

Quando o crime envolve adultos, o perigo é ainda maior. A prática de pedofilia é considerada crime no Estatuto da Criança e do Adolescente e é possível denunciar algo ou alguém suspeito no site da SaferNet, uma associação civil sem fins lucrativos no combate à pornografia infantil na internet brasileira, ou na própria Polícia Federal

Mas o mais importante é sempre contar tudo ao adulto responsável (pai, mãe ou familiar) e nunca deixar o medo ou a vergonha impedirem a denúncia. Os pais também precisam, além de observar os filhos, ter cuidado com o próprio comportamento: ele influencia as atitudes da criança ou do adolescente.

A SaferNet Brasil oferece uma espécie de cartilha com dicas de navegação. Confira algumas sugestões:

- Procure ser educado e cordial também na hora de publicar ou comentar algo na internet;
- Evite colocar endereço, telefone, nome da escola e nome completo;
- Muito cuidado ao divulgar seus desejos, segredos e sonhos. Sua intimidade é muito valiosa, cuide bem dela;
- Você colocaria seu diário na praça pública, no mural do colégio ou na praia? Pense muito bem antes de publicar algo na internet;
- Cuidado com as fotos que posta, elas podem ser modificadas e usadas contra você. Não coloque fotos com uniforme da escola ou algo que possa indicar onde estuda;
- O que importa é a qualidade e não a quantidade de amigos. Cuidado com estranhos;
- Jamais aceite convite de encontro presencial com quem não conhece;
- Uma vez publicado, tudo pode ser gravado por outros e voltar ao ar.

Perigo nas alturas: seu apartamento é seguro?

Shutterstock












Janelas sem grades de proteção e crianças desacompanhadas: combinação que pode terminar em tragédia. Nessa terça-feira (26), o Corpo de Bombeiros confirmou que uma menina de cinco anos morreu ao cair do 13º andar de um edifício no centro de Curitiba (PR), segundo informações do G1. A criança teria subido na cama de um dos quartos, enquanto a mãe conversava com uma amiga, proprietária do apartamento. Não havia tela de proteção na janela.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, as quedas são a principal causa de atendimento de crianças de 0 a 9 anos nas unidades de urgência do Sistema Único de Saúde. Casos assim são raros. O mais comum são pequenos incidentes, como cair do trocador ou da escada.
Mas cerca de 70% dos casos acontece em casa e está associada à ausência de um cuidador. Por isso, todo cuidado é pouco. O pediatra Victor Nudelman, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), explica que famílias que vivem em edifícios e sobrados devem instalar grades e redes de proteção (com aberturas pequenas e resistentes ao estiramento) antes mesmo do bebê aprender a andar. “As crianças aprendem coisas novas a cada dia, quando os adultos menos esperam”, diz. Virar do trocador aos 4 meses, escalar o sofá aos 9, subir escadas com 1 ano de idade, por exemplo, são situações comuns. Outra razão, segundo o pediatra, para nunca deixar o bebê desacompanhado.

quarta-feira, 12 de março de 2014

As crianças e a internet: como orientar o uso

A Internet pode ser um ótimo local para aprender, se divertir, bater papo com os amigos da escola e simplesmente relaxar e explorar. Mas, assim como no mundo real, a Web pode ser perigosa para as crianças. Antes de permitir que seu filho permaneça online sem a sua supervisão, estabeleça algumas regras com que todos concordem.
Se você não sabe por onde começar, aqui estão algumas idéias sobre que pontos abordar com seus filhos para ensiná-los como usar a Internet com segurança.
1. Incentive seus filhos a compartilhar suas experiências na Internet com você. Divirta-se na Internet junto aos seus filhos.
2. Ensine-os a confiar em seus instintos. Se alguma coisa online fizer com que se sintam nervosos, eles devem lhe contar.
3. Se seus filhos visitam salas de bate-papo, usam programas de mensagens instantâneas, videogames online ou outras atividades na Internet que exijam um nome de logon como identificação, ajude-os a escolher um nome que não revele nenhuma informação pessoal sobre eles.
4. Insista para que nunca informem seu endereço residencial, número de telefone ou outras informações pessoais, como onde estudam ou onde gostam de brincar.
5. Ensine a seus filhos que a diferença entre certo e errado na Internet é a mesma que na vida real.
6. Mostre a eles como respeitar os outros online. Explique que as regras de bom comportamento não mudam apenas por estarem em um computador.
7. Insista para que respeitem a propriedade de outros online. Explique que fazer cópias ilegais do trabalho de outras pessoas, como música, videogames e outros programas, é roubo.
8. Diga a eles que não devem nunca encontrar amigos virtuais pessoalmente. Explique que os amigos virtuais podem não ser quem eles afirmam ser.
9. Ensine a eles que nem tudo o que lêem ou vêem online é verdade. Encoraje-os a perguntar a você se não tiverem certeza.
10. Controle as atividades online de seus filhos com software de Internet avançado. Os controle de menores podem ajudar a filtrar conteúdo ofensivo, monitorar os sites visitados pelos seus filhos e descobrir o que fazem lá.
Como ensinar seus filhos a evitar informações falsas online
A Internet oferece inúmeros recursos e oportunidades para aprender, mas também contém uma grande quantidade de informações que pode não ser nem útil nem confiável. Como qualquer um pode publicar comentários ou informações na Internet, os usuários precisam desenvolver algumas habilidades de pensamento crítico, para julgar a veracidade das informações disponíveis online.
Isso é particularmente verdadeiro para crianças que tendem a acreditar que "se está na Internet, deve ser verdade". Tradicionalmente, os recursos impressos sempre tiveram seus meios de proteção — como editores, revisores ou verificadores de fatos — para eliminar erros, mentiras e informações pouco precisas. Entretanto, em muitos casos, a Internet não possui esses meios de proteção para verificar a validade das informações publicadas online.
Ensine as crianças como a Internet funciona e explique que qualquer um pode criar um site da Web, sem que ninguém lhe pergunte nada. Ensine-os a usar vários recursos de informação e a verificar, questionar e confirmar o que encontram online.
Dicas para ajudar as crianças a identificar informações falsas
• Inicie enquanto eles ainda são pequenos. Atualmente, até mesmo as crianças em idade pré-escolar estão usando a Internet para buscar informações. Portanto, é importante ensiná-las desde cedo a distinguir fatos de opiniões, bem como a reconhecer informações tendenciosas, persuasivas ou preconceituosas.
• Faça perguntas aos seus filhos sobre as informações que encontram online. Por exemplo, qual o propósito do site? Divertir? Vender? O site contém informações de contato sobre o autor ou uma seção "Sobre nós"? O site é patrocinado por uma empresa, pessoa ou é uma discussão pública? A Internet é o melhor local para encontrar as informações que está procurando?
• Ensine-os a confrontar sempre as informações que coletam online com as de outras fontes. Consulte outros sites da Web ou mídias — como jornais, revistas e livros, para verificar as informações. Incentive-os a perguntar a você também.
• Encoraje-os a usar várias fontes de informações, não apenas a Internet. Leve-os à livraria ou compre uma boa enciclopédia em CD-ROM, como a Microsoft Encarta. Isso lhes fornecerá acesso a fontes de informações alternativas.
• Ensine-os técnicas eficazes para encontrar informações online. Isso irá melhorar muito suas habilidades de obter informações de qualidade. Uma maneira de conseguir isso é incentivando-os a usar vários mecanismos de pesquisa, em vez de apenas um.
• Converse sobre ódio e racismo com seus filhos. Os filtros de software podem ajudar a bloquear alguns materiais desse tipo. Entretanto, seus filhos devem saber o que é o racismo e conhecer os eventos mundiais, de forma que possam reconhecer um conteúdo promotor de ódio. Saiba mais sobre Como lidar com conteúdo promotor de ódio na Internet.