sábado, 24 de maio de 2014

A Criança Birrenta e teimosa

Definição
A birra é uma fase normal, pela qual passam a maioria das crianças entre os 18 meses e 3 anos de idade. Começa quando as crianças descobrem que têm o poder de se negar a responder às solicitações de outras pessoas e em geral, são mais obstinadas do que cooperativas. Elas se comprazem em recusar uma sugestão, não importa se para vestir-se ou despir-se, tomar um banho ou sair da banheira, deitar-se ou levantar-se da cama.

Como tratar uma criança nesta fase?
Considere as seguintes recomendações que podem proporcionar ajuda a você e a seu filho durante esta etapa.

1. Não se ofenda por esta fase normal.
Quando seu filho diz "não" ele quer dizer "Tenho que fazer isto?" ou "Você está falando sério"? Esta resposta não deve ser confundida com falta de respeito. Esta fase é importante para a autodeterminação e identidade da criança. Veja-a com senso de humor.

2. Não castigue seu filho por ele dizer "não".
Castigue seu filho pelo que ele faz e não pelo que ele fala. Como você não pode eliminar o "Não", ignore-o. Se você discutir com seu filho por ele dizer "não", prolongará este comportamento.

3. Dê a seu filho outras opções.
Esta é a melhor maneira de fazer com que seu filho sinta que tem mais liberdade e controle, e isto por sua vez fará com que ele esteja mais disposto a cooperar. Alguns exemplos de opções são deixar que seu filho escolha entre um banho de chuveiro ou de banheira; qual livro ele quer ler; quais brinquedos levará para a banheira; que fruta comerá no lanche; que roupa ou sapatos vai colocar; que cereal comerá no desjejum; de que brincará, dentro ou fora de casa, no parque ou no quintal; e assim sucessivamente. Para as tarefas que não agradem a seu filho, deixe que ele tenha opinião a respeito, perguntando a ele "Quer fazer isso depressa ou devagar?" ou "Quer fazer isto, ou quer que eu faça?" Quanto mais rápido seu filho tiver a impressão de que é ele quem toma as decisões, mais rápido ele passará por esta fase.

4. Não dê a seu filho uma opção quando não houver nenhuma opção
As regras de segurança, tais como sentar no assento de segurança do automóvel, não estão sujeitas a discussão, ainda que você possa explicar o motivo pelo qual se deve obedecer a esta regra. Deitar-se à noite ou ir à escola também não são negociáveis. Não faça uma pergunta quando só existe uma resposta aceitável, mas guie seu filho de forma tão amável quanto possível (por exemplo, "Sinto muito, mas agora é hora de dormir") As ordens como "Faça isto ou você vai ver" devem ser evitadas.

5.Proporcione tempo de transição para a mudança de atividades.
Se seu filho estiver se divertindo e deve mudar para outra atividade, provavelmente será necessário tempo de transição. Por exemplo, se seu filho está brincando com os carrinhos quando está quase na hora do jantar, avise-o 5 minutos antes. Algumas vezes, um relógio de cozinha é útil para que uma criança aceite a alteração.

6.Elimine as regras excessivas.
Quanto mais regras houverem, menos provável é que seu filho se conforme em obedecê-las. Elimine as expectativas desnecessárias e as discussões a respeito se ele colocará meias ou se comerá tudo oque tem em seu prato. Ajude seu filho a se sentir menos controlado tendo diariamente mais interações positivas do que contatos negativos.

7.Evite responder aos pedidos de seu filho com um número excessivo de negativas.
Seja um modelo de afabilidade para seu filho. Quando seu filho lhe pede algo e você não está segura quanto ao pedido, diga "Sim" ou adie a decisão dizendo "Vou pensar". Se vai conceder o pedido, faça-o imediatamente, antes que seu filho comece a resmungar ou suplicar. Quando for necessário dizer "não" diga a ele que lamenta e dê um motivo.

Procure médico para uma consulta de rotina se
Você ou o seu cônjuge não puderem aceitar a necessidade que seu filho tem de dizer "não".

- Você ou seu cônjuge tiverem dificuldade para controlar suas irritações.
- Seu filho tiver vários outros problemas de disciplina.
- Estas orientações não produzirem uma melhora durante o primeiro mês.

Saiba como proteger crianças e adolescentes dos perigos da internet

Há 15 anos presente na vida do brasileiro, a internet mudou os hábitos também de crianças e adolescentes. A atual geração, considerada como "tecnologicamente nativa", já nasceu com o computador da casa conectado à web. Mas, com o maior acesso às informações, vem a grande responsabilidade na navegação.

Para que os jovens internautas possam utilizar a internet com segurança, é possível tomar alguns cuidados na hora de utilizar sites e redes sociais. Dois dos riscos maiores são o da pedofilia e do ciberbullying (espécie de assédio moral a uma criança pela web), que podem ser prevenidos de formas semelhantes. 

Na web é possível ter um espaço democrático e com liberdade de expressão, mas também há o perigo de informações serem mal interpretadas e usadas por pessoas mal intencionadas. Daí a necessidade de monitoramento das crianças e adolescentes.

PC na sala
Há softwares que ajudam os pais a verificar se há alguma coisa errada acontecendo. A empresa de segurança McAfee possui uma solução de controle parental para o computador, prometendo “uma ferramenta que vai ajudar aos pais entender o que os filhos estão fazendo”, segundo José Matias, gerente de suporte técnico da companhia.

“O software Total Protection classifica os usuários por faixas etárias e também é possível definir atributos sobre o que o usuário possa ou não fazer. Mas o intuito não é proibir, mas sim permitir a navegação e registrar o que ele está fazendo – inclusive conversas em mensageiros instantâneos, redes sociais e YouTube”, afirma. “Mas é importante que os filhos saibam que os pais estejam fazendo isso”, ressalta.

“A criança tem um acesso a um computador que está no quarto, que é dela, onde pode fechar a porta e ter privacidade. Esse tipo de comportamento permite que ela se isole, e fica mais difícil para a família saber o que está acontecendo”, afirma Matias. O conselho é deixar o PC na sala, mas sem deixar de monitorar a navegação. 

De portas abertas
Pesquisadora sobre bullying no Brasil desde 2000 e consultora da organização não-governamental Plan, Cléo Fante é pioneira nos estudos sobre o assédio feito pela internet. Para a educadora, o desfecho do ataque virtual acaba indo para o mundo real: no caso de crianças e adolescentes, geralmente esse ambiente é a escola. 

“Quando os jovens não são orientados pela família ou a escola, acabam gerando a violência”, diz. Para Fante, as instituições de ensino deveriam orientar os alunos para os perigos na internet. E a falta de direcionamento aos estudantes na prevenção é que permite que se exponham aos riscos.

“É como eu explico para os alunos: é a mesma coisa de você estar em sua casa e deixar as portas abertas. Então, qualquer pessoa pode entrar, mexer nas suas coisas, invadir sua privacidade, lhe maltratar e lhe caluniar – mas você também facilitou”, diz. 

Dicas
A prevenção é ainda a melhor forma de ajudar. É preciso prestar atenção ao comportamento das crianças e adolescentes, que costumam ficar mais introspectivos, agressivos e evitando o uso da internet. Mesmo quando se lida com um filho que seja autor do ciberbullying, é também necessário ficar de olho em atitudes egoístas, violentas e que trazem um sentimento de superioridade. 

Quando o crime envolve adultos, o perigo é ainda maior. A prática de pedofilia é considerada crime no Estatuto da Criança e do Adolescente e é possível denunciar algo ou alguém suspeito no site da SaferNet, uma associação civil sem fins lucrativos no combate à pornografia infantil na internet brasileira, ou na própria Polícia Federal

Mas o mais importante é sempre contar tudo ao adulto responsável (pai, mãe ou familiar) e nunca deixar o medo ou a vergonha impedirem a denúncia. Os pais também precisam, além de observar os filhos, ter cuidado com o próprio comportamento: ele influencia as atitudes da criança ou do adolescente.

A SaferNet Brasil oferece uma espécie de cartilha com dicas de navegação. Confira algumas sugestões:

- Procure ser educado e cordial também na hora de publicar ou comentar algo na internet;
- Evite colocar endereço, telefone, nome da escola e nome completo;
- Muito cuidado ao divulgar seus desejos, segredos e sonhos. Sua intimidade é muito valiosa, cuide bem dela;
- Você colocaria seu diário na praça pública, no mural do colégio ou na praia? Pense muito bem antes de publicar algo na internet;
- Cuidado com as fotos que posta, elas podem ser modificadas e usadas contra você. Não coloque fotos com uniforme da escola ou algo que possa indicar onde estuda;
- O que importa é a qualidade e não a quantidade de amigos. Cuidado com estranhos;
- Jamais aceite convite de encontro presencial com quem não conhece;
- Uma vez publicado, tudo pode ser gravado por outros e voltar ao ar.

Perigo nas alturas: seu apartamento é seguro?

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Janelas sem grades de proteção e crianças desacompanhadas: combinação que pode terminar em tragédia. Nessa terça-feira (26), o Corpo de Bombeiros confirmou que uma menina de cinco anos morreu ao cair do 13º andar de um edifício no centro de Curitiba (PR), segundo informações do G1. A criança teria subido na cama de um dos quartos, enquanto a mãe conversava com uma amiga, proprietária do apartamento. Não havia tela de proteção na janela.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, as quedas são a principal causa de atendimento de crianças de 0 a 9 anos nas unidades de urgência do Sistema Único de Saúde. Casos assim são raros. O mais comum são pequenos incidentes, como cair do trocador ou da escada.
Mas cerca de 70% dos casos acontece em casa e está associada à ausência de um cuidador. Por isso, todo cuidado é pouco. O pediatra Victor Nudelman, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), explica que famílias que vivem em edifícios e sobrados devem instalar grades e redes de proteção (com aberturas pequenas e resistentes ao estiramento) antes mesmo do bebê aprender a andar. “As crianças aprendem coisas novas a cada dia, quando os adultos menos esperam”, diz. Virar do trocador aos 4 meses, escalar o sofá aos 9, subir escadas com 1 ano de idade, por exemplo, são situações comuns. Outra razão, segundo o pediatra, para nunca deixar o bebê desacompanhado.