sexta-feira, 31 de maio de 2013

3 atitudes para ajudar a manter os filhos longe das drogas

Dar amor, fortalecer a autoconfiança e manter um diálogo aberto com os filhos é a melhor maneira de ajudá-los a resistir aos apelos das drogas

Mãe e filhos
O jovem seguro de si tem coragem para não se sentir um peixe fora d’água por ser o único da turma que não fuma maconha ou coisa parecida
Foto: Getty Images
A possibilidade de um filho se envolver com drogas (legais ou ilegais) tira o sossego de qualquer pai e mãe. Cenas de crianças e jovens jogando a vida pelo ralo tiram o sono principalmente hoje em dia, com essa droga cada vez mais popular que é o crack - sim, ele é uma droga cruel porque leva à dependência com facilidade e de forma rápida.
Como evitar que esse pesadelo se instale na sua casa? “Os pais devem se informar. É importante expor aos filhos que as drogas provocam prazer, sim, mas que o preço pago por isso é muito alto”, explica Ivan Mario Braun, médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP) e autor do livro Drogas - Perguntas e Respostas (MG Editores).
A melhor forma de proteger sua família, portanto, é conhecer o assunto, perder o medo de falar abertamente sobre ele com as crianças e os adolescentes e, claro, servir de exemplo. Parece complicado? Aqui, ajudamos você a tocar nesse assunto delicado que tem consequências para toda a família.
Atitudes que valem por mil palavras
· Dê o exemplo
Crianças pequenas aprendem por imitação. Se desde cedo elas veem o pai e a mãe bebendo ou fumando (lembre-se: apesar de liberados para maiores, o álcool e o cigarro também
são drogas), as chances de se meterem com esse tipo de substância são maiores. “Dar exemplo não garante que a criança nunca vá beber ou fumar, mas é mais um fator que ajuda”, afirma Ivan Mario Braun.
· Faça parte da vida diária de seu filho
O ditado “não basta ser pai, tem que participar” é batido, mas é uma grande verdade. É preciso saber com quem as crianças e os adolescentes andam, conhecer os pais dos amigos deles, acompanhar seu rendimento escolar e conversar com os professores! Tudo isso estreita o relacionamento entre vocês e permite que qualquer mudança de comportamento seja logo notada.
· Fortaleça a autoestima da criança
O jovem seguro de si tem coragem para não se sentir um peixe fora d’água por ser o único da turma que não fuma maconha ou coisa parecida. E confiança é como a violetinha lá do vaso: precisa de cuidado e de água para crescer. Por isso é tão importante, desde cedo, fortalecer o amor-próprio dos pequenos. Faça isso com elogios sinceros, valorizando seus pontos fortes e dando o apoio.
3 perguntas para o especialista
· Quando os pais já usaram drogas e a criança pergunta a respeito, podem falar a verdade?
Sim, desde que saibam recomendar aos filhos que o fato de terem usado drogas um dia não significa que estejam de acordo com isso hoje. As pessoas podem errar e se arrepender de seus erros. Mas é preciso ser sincero com eles.
· É verdade que a idade média do primeiro contato das crianças com esse tipo de substância caiu de 14 para 11 anos?
Sim. E, quanto mais cedo o início, maiores os riscos de dependência e de prejuízos graves à saúde.
· Se os jovens sabem que as drogas podem se transformar num problema sério, por que isso não basta para mantê-los longe delas?
Muitos não sabem. Ou ainda não têm bons exemplos em casa e nem pais que lhes dedicam tempo, que sabem o suficiente sobre sua vida e sobre seus amigos. Dessa forma, eles acabam mais expostos à influência das más companhias.
Informação é poder!
Para ajudar a população a lidar com a questão das drogas, o governo federal criou o Viva Voz, serviço de atendimento telefônico que funciona 24 horas por dia, de domingo a domingo. Basta discar 132. E o site do programa Crack, É Possível Vencer traz dicas valiosas.

 

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