COMO VOCÊ DEVE TRATAR SEU FILHO
A
melhor forma de evitar dificuldades é prevenindo sua ocorrência. Um lar
pacífico evita crianças com problemas de comportamento. Hoje em dia, a
pressão do trabalho é grande. Os pais chegam em casa estressados e
cansados e não têm vontade, ou tempo, de estar com os filhos. É
compreensível. No entanto, isso não pode servir como desculpa para uma
má educação. Se os pais se esforçarem e criarem um ambiente agradável em
casa, vão chegar do trabalho com mais energia, pois vão encontrar paz e
o carinhos dos filhos. Se os pais não dão atenção ao lar, o caos se
forma e chegar do trabalho pode se tornar desagradável. Portanto,
investir na paz em casa é benéfico tanto para os pais quanto para os
filhos.
Seguem algumas dicas para um ambiente saudável e para lidar adequadamente com as crianças:
1. Seja honesto e direto com seus filhos. Às vezes as crianças fazem
perguntas desconcertantes, ou querem saber o motivo de certas
proibições. O melhor caminho a tomar é explicar para os filhos as razões
de tudo. Se uma criança entender por que deve olhar para os dois lados
antes de atravessar a rua, é muito mais provável que faça isso com
cuidado do que se simplesmente ouvir a regra e levar bronca no caso de
não segui-la.
2. Tenha certeza de que ensinou o comportamento correto. Muitas vezes
exigimos que nossos filhos façam as coisas do nosso jeito, mas não
ensinamos exatamente como é esse jeito. Então, antes de brigar com seu
filho, tenha certeza de que você deixou claro para ele qual é a maneira
correta de se comportar.
3. Todas as pessoas são diferentes. Lembre-se sempre que cada pessoa é
única e tem gostos e preferências particulares. Antes de dar uma ordem,
de brigar com seu filho, de dizer que ele não faz nada direito, pense
nas preferências dele. Não é justo exigir que todas as pessoas sejam
iguais a você. É saudável respeitar as particularidades das pessoas.
4. Seja firme, mas não punitivo. Já foi falado sobre o problema de
ser punitivo, mas não dos benefícios de ser firme. Ter firmeza significa
não voltar atrás nas suas decisões. Uma proibição deve se manter uma
proibição até que a situação mude de alguma forma. Pais que voltam atrás
em suas decisões podem gerar filhos sem limites. Por exemplo: é muito
comum que os pais deixem o filho de castigo, mas o tirem com
antecedência por ficarem com dó da criança. Ser firme, nesse caso,
consiste em não tirar a criança do castigo até que a determinação
inicial tenha sido cumprida.
5. Passe um tempo com seu filho. Após chegar do trabalho, ou nos fins
de semana, passe um tempo com seu filho. O ideal é conversar um pouco e
brincar com ele. Se não for possível, pelo menos jantem no mesmo
horário e assistam ao programa favorito da criança. Filhos que não
passam tempo com os pais podem desenvolver problemas em relacionamentos e
dificuldade em confiar em outras pessoas.
6. Interesse-se pelas tarefas da escola. É comum que os pais pensem
que o filho tem a obrigação de estudar. Isso é só parcialmente correto.
Os filhos devem, sim, freqüentar a escola, mas ao invés de serem
forçados, devem ser incentivados a isso. Pais que se interessam pelo que
aconteceu na escola, que vistam as tarefas escolares, que ajudam os
filhos a estudarem para as provas e que participam dos eventos da
escola, estão contribuindo não só para a formação imediata do filho, mas
para seu futuro de interesse pelos estudos. Não é preciso saber sobre o
que os filhos estão estudando. Mostrar interesse basta para incentivar a
criança.
7. Sejam coerentes. Há pais que dividem os papéis. Um deles é o
liberal e o outro, o chato. Isso deve ser evitado. O ideal é que os pais
entrem em acordo sobre os limites dos filhos e sobre possíveis punições
ou prêmios. Pais discordantes podem deixar o filho confuso, além do
fato de que as crianças podem passar a preferir um do pais ao outro, o
que não é desejável nem saudável.
8. Imponha limites. Crianças precisam saber até onde podem ir. Tratar
bem o filho não é sinônimo de deixá-los fazer o que bem entenderem. Os
limites são importantes, pois protegem os filhos de fazerem algo
perigoso ou que pode ser socialmente considerado ruim. Por meio dos
limites, as crianças aprendem que há regras no mundo e que é preciso
obedecê-las como todos fazem. Os limites devem ser pensados para não
serem muitos nem poucos. Crianças com muitos limites crescem com medo de
errarem e arriscarem. Crianças com poucos limites podem se tornar sem
valores morais.
9. Reconheça seus erros. Ninguém é infalível. Se você cometeu algum
erro com seu filho, não tenha medo de admitir. Além de fazer bem para
você e para a criança, isso vai ensiná-la a se responsabilizar por seus
atos.
10. Converse também sobre assuntos delicados. Muitas crianças têm
curiosidade sobre sexo, morte ou outros assuntos do tipo. O ideal é não
esconder delas o que são essas coisas, e falar sobre esses temas de uma
forma apropriada para cada idade. Uma criança de 7 anos não precisa
saber tudo sobre sexo, mas é bom que saiba o que é isso. Já uma criança
de 16 anos precisa saber tudo sobre sua sexualidade. Apesar de esses
assuntos serem tabus, eles precisam ser tratados. A honestidade e
clareza com a criança pode prevenir problemas futuros.
11. Seja um modelo. Filhos imitam os pais. É injusto exigir do filho um comportamento que os pais não demonstram.
12. Procure ajuda. Caso essas dicas não ajudem, procurem ajuda de um
profissional. Problemas graves, como abuso de drogas, podem requerer
auxílio de uma pessoa especializada no problema. Não há vergonha em
pedir ajuda. Pelo contrário, é nobre querer ajudar o filho.
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