domingo, 25 de agosto de 2013

As birras: como lidar com os escândalos sem enlouquecer?


E tudo começa com um “não” inocente que dizemos para os nossos filhos! E aí simplesmente eles enlouquecem perdem o controle e começam a chorar, gritar, se jogar no chão, às vezes bater, chutar… um horror!
Gente, antes de comentar sobre isso, um “a parte”: nunca julgue os pais quando presenciarem uma criança dando um escândalo completo. Julgue (se você se achar no direito de atirar a primeira pedra!) a partir do momento em que você vir a reação dos pais a esta crise de birra.
Nenhum pai ou mãe está livre de passar por esse problema numa determinada fase do crescimento dos pequenos. E a birra começa cedo, por volta de 1 ano e meio, dois anos, mais ou menos. Isso faz parte do comportamento infantil. Essa é a maneira que as crianças têm de mostrar (ou tentar mostrar) a sua independência e expressar suas vontades.
Passo n.º 1: o segredo pra lidar com esse tipo de escândalo é não se deixar enlouquecer. É manter a calma e sustentar o seu “não!”. Só essas duas coisinhas pra fazer e dão um trabaaaaalho.
Então, é como falei no começo. Quando a criança é contrariada, ela reage, e a reação é começar uma guerra de nervos, que é o jeito que elas conhecem de manifestar sua indignação ao NÃO. Tenha certeza, por mais que pareça, a intenção delas não é enlouquecer você e sim simplesmente conseguir o que querem.
Por isso que afirmo e reafirmo. Manter a calma e manter o NÃO basta. No entanto, se a criança perceber que fazendo o escândalo consegue o que quer, principalmente quando estão em público, ela vai usar essa arma sempre, sempre, definitivamente forever!
Já passei por situações constrangedoras. Uma delas foi quando meu filho queria comer 355 brigadeiros num aniversário. Lá pelo 345º (rsrsrs) eu disse: “Filho, tá bom de brigadeiro!”. Foi o que precisou pra ele jogar o prato de brigadeiro no chão, pisar nele, se jogar por cima da meleca e melar a roupa inteira… meu Deus que vergonha! Eu olhei pra ele com a maior calma (fingida, claro!) e disse: “Não adianta você fazer isso. Agora nós vamos pegar essa sujeira do chão, jogar no lixo e vamos pra casa!”. Aí é que ele se jogava mesmo! E gritava e puxava minha roupa gritando “Nãããããaooooo!”.
Peguei toda a sujeira, levei a porcaria e ele pro banheiro, joguei no lixo (não ele, a sujeira! rs) e disse: “Você agora vai se acalmar e nós vamos embora!”. Depois de um tempo ele desistiu (não se acalmou muito) e fomos embora (e sem caixinha de bombons viu?!).
O que eu aprendi com isso e quero passar pra vocês? Que NÓS somos ADULTOS. E cabe a nós, somente a nós, sermos firmes naquele propósito de educá-los e fazê-los entender que tudo tem limite. Mantive o “não” e ele foi pra casa sem a caixinha de bombons (que é o que eles esperam ansiooooosos pra pegar). Com isso ele não foi recompensado pelo escândalo, porque perdeu a festa e os bombons.
Mas não foi fácil hein gente?! As pessoas me olharam com aquela cara de: “Ela não sabe educar a criança! Olha o que ele está fazendo!”. E eu mantive a calma também em relação a isso, porque a vontade que eu tinha era de rodar a baiana e dizer: “Vocês não tem o que fazer não?! Cuidem da sua vida!” rsrsrs
Mas passou gente! E fiquei orgulhosa de mim, embora confesse que fiquei com o coração partido porque tive que fazer isso com ele. Mas foi POR ele que fiz isso. E isso me conforta. Gritar e perder o controle numa situação dessas só aumenta a proporção das coisas. A criança entende a sua reação como similar a dela e acaba percebendo que você pode ceder. Eles são super espertos e aprendem a manipular desde muuuito cedo.
Você vai perceber que quando de fato aprendemos a lidar com esse comportamento, quando eles realmente entendem que nada vão conseguir, as birras realmente diminuem, embora faça mesmo parte do comportamento deles. Entretanto se seu filho faz birra por tudo e tudo gera um show daqueles, vale a pena procurar ajuda de um psicólogo infantil, que pode te dar dicas valiosíssimas para lidar com o caso específico.
O nosso objetivo como pais é criar pessoas equilibradas e para isso é a nossa tarefa de nem permitir tudo e nem proibir tudo. Vejamos o que realmente é proibido, o que podemos permitir e só então manter-se firme no que entendemos ser realmente intolerável e manter o foco e firmeza nessas coisas, sem ceder.
Precisamos ser coerentes com os nossos ensinamentos. É possível que por volta dos 7 anos já tenhamos uma criança disciplinada, que siga deste modo até a adolescência. Hummmm… mas aí já são outros 500, pra um outro post! rs Boa Sorte!

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